O Benfica segurou a vantagem de seis pontos, depois da goleada do FC Porto em Barcelos, mas teve em Penafiel noite mais complicada do que o resultado possa mostrar.

O triunfo do líder na casa do penúltimo classificado foi inequívoco, mas a equipa da Luz só descansou completamente com o 0-2 de Jonas, aos 78, depois de ter aberto caminho num golo nascido de momento de génio de Gaitán, que iniciou desmarcação para Lima e posterior finalização de Talisca. 

A cabeçada de Jardel, no 0-3, já surge em altura de distensão completa das duas equipas.  

A equipa da casa, a precisar urgentemente de pontos, vendeu cara a derrota e mesmo depois do 0-1, chegou a festejar o empate, em cabeceamento de Rabiola, anulado por fora de jogo do avançado do conjunto duriense. 
 
O Benfica entrou melhor e parecia disposto a marcar cedo: boa movimentação, Jonas e Lima a virem atrás para combinar com Talisca, Ola John e Gaitan.
 
Mas o Penafiel não se assustou e, ainda antes dos dez minutos, apareceu no jogo. A ter bola, a procurar partir para o ataque, a explorar os flancos, sobretudo através da velocidade de Quiñones.

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O jogo estava bom, com ritmo forte e equilíbrio. O Benfica com mais bola, mas sem conseguir grandes oportunidades. O Penafiel com mais preocupações defensivas, como era de esperar, mas atrevendo-se a construir ataques, sempre que possível.
 
Pela meia hora, as águias davam sinais de algum esgotamento de soluções, na procura do golo. O jogo estava em fase de muitas paragens, perdia interesse.
 
Até que surgiu o lance do 0-1: passe soberbo de Gaitán, Lima recolhe na área, tenta o melhor posicionamento perante a saída de Coelho, vê a desmarcação de Talisca e serve o companheiro, que só tem que encostar.
 
Talisca assinou o golo nove nesta Liga, afirmando-se como o principal «challenger» à liderança de Jackson Martinez na lista dos melhores marcadores.
 
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O 0-1 desbloqueou o jogo e recolocou o Benfica no controlo da situação.
 
Ainda antes do intervalo, um remate delicioso de Gaitán (pela imprevisibilidade e pelo efeito bonito) só não deu no 0-2 porque, a passar em arco pela baliza, circulou ligeiramente por cima da barra. 

Penafiel mesmo depois da expulsão de Tony 

O Penafiel reentrou bem e até colocou a bola dentro da baliza de Júlio César, mas não valeu: Rabiola estava fora de jogo.

Mesmo assim, a equipa da casa não desistia e parecia ter condições de sonhar com o empate. O Benfica tardava em impor um domínio absoluto do encontro, não conseguia impor um ritmo forte. 

Até que Tony, que já tinha amarelo, viu o segundo por falta sobre Jonas e consequentes protestos. 

A coisa parecia relativamente controlada para a formação de Jorge Jesus mas, mesmo assim, as águias continuaram em modo de dificuldade. 

O Penafiel, com dez, não desistiu por completo de buscar o 1-1. O Benfica, com todos os dados do jogo a seu favor, tardava em resolver por completo a questão. 

Maxi abriu, Jonas resolveu

Até que Jonas assinou o 0-2, com o peito, aos 78. Muito do mérito do tento do descanso para os benfiquistas esteve em Maxi: o lateral-direito, numa das suas movimentações mais típicas, foi à linha de fundo, cruzou na medida certa para o ponta de lança brasileiro, que só teve que encostar. Até parecia fácil. 

Jardel ainda fez o 0-3, mas a história do triunfo do Benfica em Penafiel já estava mais do que contada.