Pedro Proença ainda espera conseguir a negociação centralizada dos direitos televisivos, apesar de vários clubes terem chegado a acordos individuais.

Em entrevista à agência EFE, o presidente da Liga e Clubes, no cargo desde julho de 2015, admitiu que uma das grandes deceções do seu mandato foi não conseguir a venda centralizada dos direitos televisivos, mas entende que o tema ainda não está encerrado.

«Toda a gente sabe que o modelo que defendo é a negociação centralizada dos direitos. Nada está fechado, tudo é possível e espero que neste mandato tenhamos novidades sobre o assunto», afirmou.

«O caminho seria fazer o que outras ligas já fizeram, com muito êxito.»

Recorde-se que em dezembro de 2015, os três grandes anunciaram acordos com operadoras: Benfica e Sporting com a NOS e FC Porto com a Meo.

Entretanto, outros clubes foram também formalizando acordos de cedência dos direitos televisivos.

Na mesma entrevista à EFE, Pedro Proença revelou ainda que está a ponderar com a Liga espanhola a criação de uma competição ibérica, como forma de encontrar novas formas de financiamento.

Pedro Proença disse que essa prova «está, de momento, ser estudada», de forma a criar «uma competição que seja apetecível para Espanha e Portugal».

«Já começámos a falar sobre o tema, mas nada está ainda fechado. Todos os cenários estão em aberto e dependem muito do calendário da FIFA. Podemos criar uma competição de abertura da época ou um triangular», garantiu.

O presidente da LPFP insistiu que “todos os formatos serão estudados e debatidos”, confiando que esta iniciativa possa reforçar os laços entre os dois países a nível futebolístico.

Pedro Proença recordou que tem trabalhado com o seu homólogo espanhol, Javier Tebas e que os dois defendem a propriedade de terceiros (TPO) dos passes dos jogadores, ao contrário do que determinou a FIFA.

«Temos de entender que pequenas ligas, como a de Portugal, ou outras semelhantes, têm dificuldades para se financiarem», afirmou Pedro Proença, referindo-se aos fundos como «alternativas».