A equipa do Marítimo foi recebida esta madrugada no Funchal por centenas de pessoas na Praça do Município, em frente à Câmara Municipal, numa festa que celebrou o apuramento para a Liga Europa.

Apesar de a receção estar marcada para a meia-noite, depois da viagem desde o Porto, e na sequência do empate em Paços de Ferreira (0-0) na 34.ª e última jornada da I Liga, o relógio já marcava 01:13 quando os jogadores chegaram no autocarro panorâmico para delírio dos adeptos que aguardavam ansiosamente.

Após uma breve interação com a massa associativa, a comitiva verde-rubra entrou na Câmara Municipal, onde era aguardada pelo presidente, Paulo Cafôfo. «Muitos parabéns a este clube, o maior das ilhas, que fez história», atirou o responsável.

Carlos Pereira, presidente do Marítimo, garantiu que a noite ficou bem guardada na memória, e agradeceu a todos os apoiantes: «Uma noite memorável, sem dúvida. Esta é a nona vez que vamos à Europa, mas é a melhor porque foi surpreendente esta receção no aeroporto pelas pessoas, foi surpreendente este mar de gente aqui na Praça do Município e a receção na câmara. É uma emoção tão grande que até faltam as palavras para agradecer tudo aquilo que tem sido feito, mas isto é obra daqueles que nos acompanham.»

O dirigente salientou as dificuldades que o clube atravessou no início e que tornaram esta a «melhor e mais saborosa época», revelando que ganhou a aposta quando apontou aos sete primeiros lugares no arranque.

O capitão Fransérgio deixou a mensagem de dever cumprido, numa festa em tom de despedida para o médio brasileiro, que vai rumar ao Sporting de Braga na próxima época. «Disse que ia pousar o avião na Europa e foi o que aconteceu. Agradeço a todos os que contribuíram na minha passagem. Fico feliz por terminar assim. Agora é aproveitar este momento de felicidade. O Marítimo vai à Europa. O meu nome está lá, está marcado e ninguém o pode apagar», salientou.

Já o guarda-redes Charles, herói no empate (0-0) decisivo em Paços de Ferreira para segurar o sexto lugar na Liga, destacou o papel de todas as pessoas no clube para conseguir o objetivo traçado: «Isso é tudo fruto do trabalho. Há que agradecer ao grupo todo, pelo empenho e pela motivação na semana em que começámos o trabalho. A equipa estava focada, sabia o que queria. Jogámos da forma que o jogo estava mandando. Estávamos tranquilos porque o empate favorecia-nos.»