Iker Casillas (45 minutos): boa intervenção num remate de Insigne, aos 24 minutos. Tranquilidade na baliza, qualidade a colocar a bola em jogo, perto e longe. Exibição positiva, pois, a justificar o emocionante tributo da plateia azul e branca na hora em que foi apresentado. Casillas tem os adeptos do FC Porto na mão, agora só tem de agarrá-los bem. Saiu ao intervalo para entrar Helton.

Maxi Pereira (62 minutos): jogou oito épocas no Benfica? O povo azul e branco já nem se lembra e trata o uruguaio como se estivesse no Dragão há anos. Maxi responde como sabe. A cruzar bem - de pé esquerdo e de pé direito - a ganhar vários lances na raça, a combinar melhor com Varela do que com Tello. Interventivo, ofensivo, surpreendentemente bem em termos físicos.

Giannelli Imbula (62 minutos): duas características fortes destacam-se no futebol do gigante francês. A facilidade com que ganha metros com a bola controlada e a intensidade com que pressiona o portador da bola em qualquer parte do terreno. Em resumo, Imbula tem tudo para ser um caso sério no FC Porto, pois é eficiente no processo ofensivo e defensivo, com e sem bola. Arriscou pouco o remate esta noite. Fica esse registo numa aparição capaz de criar enormes expetativas.

Aly Cissokho (40 minutos): chegou terça-feira, treinou três dias e beneficiou da lesão de Alex Sandro para ser titular. Um par de cruzamentos ligeiramente longos, um ou outro equívoco no entendimento com Brahimi e Varela, e uma lesão a cinco minutos do intervalo. É o lateral que todos conhecemos, a precisar de muitos jogos e competição.

André André (45 minutos): corre-lhe eletricidade nas veias. Pressiona, morde os calcanhares ao oponente direto, incansável. E faz tudo com uma confiança e uma familiaridade pelo jogo notáveis. Forte candidato a jogar com muita regularidade.

Danilo Pereira (45 minutos): totalmente diferente de Rúben Neves. Confere ao lugar de médio defensivo uma superior dimensão física, mas arrisca menos no passe longo. Prefere jogar curto, com segurança. Cumpriu bem e é uma excelente solução.

Alberto Bueno (45 minutos): colocado na esquerda do ataque (uma novidade), quis ter bola, recuou e entregou bem a bola. Aos 56 minutos apareceu bem na área e quis definir de calcanhar. Não lhe saiu bem, mas deu para perceber que não lhe falta confiança e capacidade técnica. É um bom executante e um homem de remate fácil. Será um elemento útil ao longo da época.

Dani Osvaldo (28 minutos): se Cristian Tello tivesse, por uma vez, cruzado com qualidade, o ítalo-argentino teria celebrado a estreia com um golo. O colega errou e Osvaldo aplaudiu, como forma de incentivo. Nada mau. Segura bem a bola e tem bons pés. Nesta altura não se pode pedir mais.

Sérgio Oliveira (28 minutos): relação de intimidade com a bola, a pedir quiçá, mais intensidade e certeza a decidir. Senhor de um pontapé fortíssimo e de uma inteligência de jogo acima da média, Sérgio encontrará o seu lugar no plantel. Aos 74 minutos iniciou com um passe bem medido - lá está - uma jogada que Ricardo quase finalizava em golo.