António Silva Campos, presidente do Rio Ave, sentou-se ao lado de Luís Castro na conferência de imprensa para anunciá-lo oficialmente como treinador e, ao mesmo tempo, explicar a decisão de despedir Nuno Capucho.

O dirigente salientou desde logo a raridade da situação no histórico recente da equipa. «Devo ser dos poucos presidentes em que o clube durou aproximadamente 400 jornadas sem haver uma chicotada psicológica», comentou.

«Felizmente ou infelizmente, o tempo vai dizer, veio esta mudança de treinador. Há muita tristeza da minha parte, mas temos de encarar com coragem as nossas decisões», salientou.

Sobre a escolha de Capucho, não considera que tenha sido um tiro ao lado. «Quando o escolhi achei que era o ideal. Não tinha experiência na Liga, mas, pelas informações que tinha, era de grande qualidade. Faltou-lhe a estrelinha da sorte e alguma experiência na I Divisão, se calhar Mas não quer dizer que a escolha tenha sido má», ressalva.

E dá, até, o exemplo de Nuno Espírito Santo, agora no FC Porto. «No passado, já tinha escolhido um treinador sem experiência e correu muito bem. Fomos a duas finais. Agora as coisas não correram bem. Nas últimas jornadas os resultados não ajudaram. Não é habitual no Rio Ave, mas entendemos que era necessária esta mudança», continuou.

Sobre Luís Castro, Silva Campos lembrou tratar-se de «um treinador experiente, habituado a uma estrutura profissional, conhecedor de futebol e ambicioso». «E a sua ambição tem provas dadas», salienta.

«Enquadra-se no perfil que desenhamos. Espero que seja muito feliz no Rio Ave. Que concretize sonho de afirmar-se como treinador principal», desejou.