Luís Filipe Vieira, numa recente entrevista à BTV, acusou o Nacional de falta de «solidariedade» por ter recusado adiar o jogo com o Benfica, na altura em que a equipa de Jorge Jesus enfrentava um surto de covid-19. Em resposta, o clube da Choupana recordou esta terça-feira que o Benfica também recusou adiar um jogo que tinha sido interrompido na temporada de 2015/16.

Na entrevista ao canal do clube, o presidente do Benfica disse que Rui Alves, presidente do Nacional, só aceitava adiar o jogo se o Benfica emprestasse Diogo Gonçalves. «Não há solidariedade nenhuma. Eu já fui muito solidário com o Nacional. Eu não, o Benfica. Já fomos muito solidários», apontou Luís Filipe Vieira.

Esta terça-feira, o Nacional recordou um episódio da temporada 2015/16, em que o jogo com o Benfica, num domingo, foi interrompido aos 8 minutos devido a um intenso nevoeiro. Os regulamentos ditavam que o jogo fosse reatado no dia seguinte, na segunda-feira, mas como o Nacional ia jogar na quarta-feira seguinte, com o Gil Vicente, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal, pediu ao Benfica para adiar o jogo.

«O Benfica exigiu o cumprimento dos regulamentos, recusando o adiamento para outra data, pelo que o encontro acabaria por se reatar pelas 12 horas de segunda-feira, jogando-se os 82 minutos em falta», recorda o clube da Madeira.

Dois dias depois, faz hoje cinco anos, o Nacional acabou por ser eliminado da Taça de Portugal, em Barcelos, com uma derrota por 1-0 diante do Gil Vicente que, na altura, militava na II Divisão. «A derrota sofrida neste dia tirou ao Nacional a possibilidade de chegar às meias-finais da competição», recorda ainda o clube madeirense.