Luiz Phellype, a seguir o plano pós-operatório, é o único jogador do Sporting que continua a ir diariamente à Academia, em Alcochete, enquanto os restantes jogadores seguem um plano específico de preparação nas respetivas casas, face às limitações impostas pela pandemia da Covid-19. Francisco Tavares, coordenador da Unidade de Performance do clube, em conversa com a comunicação social, garantiu que o comportamento dos jogadores tem sido exemplar.

«Assim que perceberam que era uma situação para durar, o comportamento dos jogadores é exemplar. Há alguns que necessitam de um cuidado mais minucioso, mas, no meio disto tudo, eles são os mais conscientes», destacou o técnico que tem recebido feedback do trabalho diário do plantel.

O clube disponibilizou material para que os jogadores pudessem contar com miniginásios em casa, mas Francisco Tavares considera que o trabalho que cada um faz nos respetivos domicílios não se pode equiparar ao trabalho que seria feito na academia. Nesse sentido, o responsável pela Unidade de Perfomance defende que o regresso à competição tem de ser bem ponderado.

«Todos no clube estamos unidos e seguros de que iremos ultrapassar esta fase. É prudente alertar para a necessidade de um período preparatório. Trabalhar em casa não é suficiente. É inevitável o decréscimo do estado de forma. Os atletas precisam de um período de adaptação. É necessário a prática de treino, que dependerá do número de semanas de atividade alterada. Se falarmos em quatro ou cinco semanas parados, serão necessárias cinco semanas de preparação para que se consiga voltar com nível alto e sem risco», destacou.

Neste sentido, Francisco Tavares considera que «não seja concebível após a possibilidade de estar várias semanas parados, regressar com uma de semana de preparação e logo a seguir com dois jogos». «Com dois jogos por semana estaremos a por as necessidades de calendário à frente do bem-estar e a potenciar o risco de lesões», acrescentou ainda.