José Gomes, treinador do Marítimo, comentou desta forma o desaire caseiro frente ao V. Guimarães (1-2):

«Produzimos e construímos oportunidades de golo mais do que suficientes para ter vencido o jogo, mas temos de nos penitenciar, porque são erros. Ainda não vi as imagens, mas dá-me a ideia que duas delas, na segunda parte, somos nós que impedimos a entrada da bola na baliza. Temos de melhorar nesse capítulo, continuar a trabalhar e a implementar esta dinâmica positiva de jogo pragmático e cometer menos erros. No lance do segundo golo, um adversário passa pelo Zainadine e toca-lhe na perna, num primeiro momento pensava que tinha escorregado, mas não, o que permitiu que o adversário ficasse sozinho. O que produzimos hoje, quem tiver com seriedade a analisar o jogo, evidentemente, que terá que dizer que era um jogo que construímos o suficiente para ganhar.»

Desperdício no ataque, erros na defesa: «Sentimos uma grande frustração, porque estamos a chegar com condições de poder converter em golo e não fazemos. Depois há ali um desacerto, mas repito o Zainadine parecia que tinha escorregado, mas não escorregou e deu o segundo golo e o primeiro nasce de uma falta que ficou por marcar sobre o Riascos e de um ‘mergulho’ do Jota [Silva] que ficou por lhe dar um amarelo, que não lhe deram e transformaram esse amarelo que ele devia ter visto num penálti contra. Em termos de futebol trabalhamos e criamos o suficiente para vencer, não vencemos porque não marcamos e aí temos que nos penitenciar a nós próprios e procurar essa eficácia, mas a forma como estamos a jogar, a dinâmica, a energia que os jogadores meteram no jogo para tentar vencer são sinais de otimismo para o futuro.

Concorda com as palavras do presidente? «Não vou comentar as declarações do meu presidente. Falou, está falado e respeito integralmente aquilo que disse. Já abordei este tema na antevisão ao jogo. Sei que é muito difícil ser árbitro e nestas partes finais dos campeonatos há sempre uma tensão e pressão maior. Da minha parte vou continuar focado em ajudar os meus jogadores a melhorarem na parte técnica, na esperança de que as equipas que nos vão acompanhar nos jogos que vamos ter contra os adversários que temos pela frente que sejam equipas que contribuam para a verdade desportiva.»

Paços de Ferreira pode reaproximar-se: «Como estão a acontecer as jornadas, vai ser uma luta até ao fim. Vamos ver quantas equipas vão estar na luta. Estes resultados vão aproximar ou afastar. O que sei é a forma como os jogadores estão a trabalhar e a energia que estão a colocar nos desafios que têm pela frente, esse trabalho vai ser premiado com a manutenção do Marítimo.