De uma primeira parte animada e eletrizante a um segundo tempo quase adormecido, num jogo em que foi quase um Benfica de serviços mínimos aquele que levou de vencida o Marítimo, no Funchal. Sem jogar mal, a equipa encarnada teve a felicidade de marcar cedo, e apesar da boa resposta dos madeirenses, conseguiu dar-se ao luxo de fazer gestão de rendimento.

O Benfica entrou praticamente a vencer no jogo e foi sobrevivendo desse crédito na primeira parte. Logo aos dois minutos, foi o suspeito do costume, Darwin Núñez, a fazer o golo, de cabeça, na recarga após um primeiro remate de Gil Dias, defendido por Paulo Victor.

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Parecia tudo começar a correr de feição para os encarnados, mas, depois do golo, a reação dos verde-rubros foi imediata e assertiva. Primeiro por Joel e depois por Beltrame, o Marítimo somou duas ocasiões de perigo logo nos minutos seguintes ao golo sofrido e a resposta esboçada pareceu dar ainda mais alento para que os insulares voltassem a nivelar o resultado, chegando mesmo a superiorizar-se aos encarnados em dados momentos.

O jogo estava aberto, com jogadas de parte a parte, ora na direção da baliza de Vlachodimos, ora na direção da de Paulo Victor. O Benfica voltou ainda a controlar o encontro, durante alguns minutos, mas madeirenses e lisboetas tornaram depois a dividir as expensas do jogo.

Assim continuou o jogo aguerrido e interessante, com águias e leões que mostravam as garras à vez, mas o filme acabou por ter um volte-face inesperado a poucos minutos do fim da primeira parte. Mesmo à beira do intervalo, Cláudio Winck, até então um dos melhores do Marítimo, borrou a pintura, com uma falta dura sobre o estreante Sandro Cruz, que lhe valeu o cartão vermelho.

No reatamento, era um jogo mais adormecido o que se desenrolava, traduzindo-se num segundo tempo mais tranquilo para o Benfica. A espaços, os homens da casa também chegavam a subir ao ataque, mas com muito menor intensidade e assertividade que a evidenciada na primeira parte.

Assim se prolongou a partida, sempre a um ritmo nitidamente mais lento, com a equipa de Nélson Veríssimo a controlar com bola, pouco agressiva a defender e sem pressionar no ataque. Era o quanto bastava para segurar a vantagem num jogo em que o Marítimo equilibrava, mas, e jogando com menos um, sem ter capacidade de se superiorizar às águias.

Já nos descontos, quase surgia o empate dos madeirenses, valendo uma defesa monstruosa de Vlachodimos, guardião que segurou os três pontos na bagagem da formação lisboeta. Com o apito final, vitória justa do Benfica, que mesmo sem ser exuberante, fez o suficiente para vencer, perante um Marítimo que fez por vender cara a derrota.