Um golaço anotado por Janvier, aos 82 minutos, selou este domingo o triunfo junto do Vitória de Guimarães em casa do Marítimo, em jogo da 26.ª jornada da I Liga de futebol. O duelo deixou os minhotos mais confortáveis no sexto lugar, e os madeirenses mais longe deste posto, que pode vir a dar lugar europeu. 

A vitória do minhotos não merece contestação, tendo em conta o domínio exibido em quase todo o jogo perante e as inúmeras oportunidades de golo criadas contra um Marítimo que apenas conseguiu assustar… no segundo tempo.     

Se Pepa repetiu o mesmo onze da última ronda, que se saldou com um triunfo por 2-1 sobre o Famalicão, já Vasco Seabra promoveu duas alterações em relação à vitória sobre o Moreirense, por 1-0, com Diogo Mendes e Joel Tagueu a renderem Ivá Rossi e Alipour.

Os primeiros minutos revelaram um Vitória mais confiante e assertivo em todo o terreno de jogo. Logo aos 4 minutos, Rúben Lameiras assinou o primeiro remate da partida, que Paulo Victor encaixou sem problemas. Pouco depois o Estupinãn, cabeceou em cima da barra da baliza insular, e aos 17, Alfa Semedo disparou para nova defesa do guardião dos insulares. 

A formação do Minho entrou a querer pegar no jogo e acabou por o conseguir com alguma naturalidade ante um Marítimo algo apático na pressão e muito previsível na construção ofensiva, razão pela qual praticamente não existiu na primeira meia hora de jogo. 

Aos 19 minutos, Estupinãn chegou a colocar a bola no fundo das redes de Paulo Victor, mas estava em posição de fora de fogo, tendo o lance sido prontamente anulado pela equipa de Hugo Silva, da AF Santarém.      

Manietado, o Marítimo sentia muitas dificuldades para chegar e permanecer no meio campo dos vitorianos, sempre mais lestos e agressivos na recuperação da bola e na pressão alta, e nas transições rápidas, como a que foi criada aos 24, na sequência de um passe de Matheus Costa. O conjunto de Guimarães fez tudo bem, mas Rúben Lameiras concluiu com um cabeceamento perigoso que saiu muito perto do poste esquerdo de Paulo Victor. 

O Vitória, com mais bola, circulava bem o esférico e revelava confiança na procura de uma abertura, ante um Marítimo que perdia a bola com facilidade. A toada alterou-se à passagem da meia, depois de Joel Tagueu, com remate surpresa de pé esquerdo, ter obrigado Bruno Varela a aplicar-se para negar o primeiro golo da partida.

De repente, quem tremia era o Vitória. Aos 34, Winck aproveitou uma escorregadela de Rochinha e o lateral dos insulares, após uma boa incursão, rematou na passada, obrigando Bruno Varela a defender com os punhos e a bola, por pouco, não sobrou para Xadas fazer a emenda…

A reação insular durou, contudo, pouco tempo. Mas o regresso do domínio da equipa de Pepa acabou por ficar sem o tão ansiado golo que queria ver no marcador antes do intervalo. 

Do descanso regressaram os mesmos onzes, mas dez minutos depois do reatamento Vasco Seabra sentiu necessidade de mexer na equipa, trocando Xadas por Edgar Costa, e Joel Tagueu por Alipour. O Vitória regressou das cabines com a mesma postura e assumia claramente as despesas do jogo novamente. 

As alterações pouco ou nada alteraram o rumo da contenda, embora o Marítimo fosse mostrando uma capacidade de chegar na frente que não existiu na primeira parte. Aos 61, Estupiñán rematou ao ferro, num pontapé de primeira desferido na área madeirense. Quatro minutos depois, Rochinha, após um belo trabalho individual, rematou à entrada da área, mas a bola desviou num adversário e ganhou efeito e seguiu na direção da baliza, onde Paulo Victor foi obrigado a desviar para canto com uma palmada junto à barra.  

O Marítimo reagiu aos 64, num lance de bola parada, mas Rafik Guitane, solto de marcação ao segundo poste, não conseguiu marcar. O Vitória continuou a assustar Paulo Victor, mas foi a equipa insular, por André Vidigal, a falhar um golo quase feito só com Varela pela frente.

A bola teimava a não entrar em nenhuma das balizas, mas o recém-entrado Janvier encarregou-se de afastar o fantasma do nulo. Decorria o minuto 83 e o francês, bem servido por Geny (também lançado no jogo na reta final), disparou à entrada da grande um míssil indefensável para o guardião dos insulares.

Depois foi gerir o relógio com uma posse calculada até ao apito final.