Ricardo Sá Pinto, treinador do Moreirense, espera que a sua equipa seja premiada pela resiliência mostrada esta época com o regresso às vitórias, este domingo, no embate diante do Marítimo, em jogo da 25.ª jornada da Liga.

«A equipa já viveu muitas mudanças de treinador e infelicidade em momentos decisivos, mas é capaz, forte e percebeu que a bonança está a chegar. Temos estado a lutar arduamente por ela e estamos à espera desta recompensa», observou o técnico, em conferência de imprensa.

Duas derrotas e um empate devolveram os cónegos à zona de descida direta, a dois pontos dos lugares de salvação, numa fase em que sofrem golos há sete partidas e vão ter duelos caseiros seguidos, diante dos madeirenses e do campeão nacional Sporting.

«Todos os jogos são decisivos para o que aspiramos. Conquistar pontos é fundamental para termos a possibilidade de subir na tabela e atingir a tranquilidade pretendida, mas o campeonato vai ser muito igualado até ao final. Mesmo que neste desafio consigamos os três pontos, algo em que confio plenamente, ainda faltam muitas finais e dificuldades. Acredito que teremos mais alegrias do que razões para estar menos alegres», afiançou.

Ricardo Sá Pinto estará de regresso ao banco para orientar o Moreirense, depois de ter estado afastado por razões disciplinares do empate em Arouca (1-1), onde os cónegos atuaram em inferioridade numérica desde os 65 minutos, devido à expulsão de Fábio Pacheco, e ainda viram o guineense Ibrahima falhar uma grande penalidade, aos 84 minutos.

«Não conseguimos ganhar, apesar de termos mais e melhores oportunidades. A posse de bola diz-me muito pouco e é muito relativa. A estratégia de jogo diz-me muito mais e aí fomos bons. Acabou por ser um resultado positivo, no sentido em que não perdemos pontos para um adversário direito e ficamos em vantagem no confronto direto», analisou.

Esperando um Marítimo sem tanta «pressão dos resultados», mas com «uma série de resultados muito boa e atletas de qualidade», o técnico desvaloriza o conhecimento do homónimo Vasco Seabra, que trabalhou em Moreira de Cónegos na época passada.

«Não o conheço pessoalmente, nem a sua forma de trabalhar. Se conhece e tem relação com os meus jogadores, é uma coisa perfeitamente normal. Não sei se vai ter ou não vantagem, mas não me parece que seja decisivo. Também tenho muitas e boas relações em qualquer equipa, mas, entretanto, os atletas amadurecem e há mudanças», notou.

Se Paulinho também está suspenso, em sentido inverso ao canadiano Steven Vitória, as recuperações do guineense Sori Mané, do brasileiro Walterson e do belga Kevin Mirallas deixaram Ricardo Sá Pinto pela primeira vez sem lesionados na preparação de um jogo.

«Sinceramente, nesta altura, tenho dificuldade em fazer uma convocatória e também um onze. Estamos mais fortes e com mais opções, principalmente em termos ofensivos. É importante nestes jogos em casa, nos quais temos de marcar, criar e assumir isso com naturalidade, sem nenhum tipo de receio ou pressão extra. A equipa está preparada para viver e jogar nesta realidade de forma séria, concentrada, realista e tranquila», concluiu.