Diretor do Departamento de saúde do FC Porto, Nélson Puga explicou este sábado como é que é feito o acompanhamento aos jogadores do plantel principal dos dragões.

Em declarações ao site da Liga, o médico defendeu ainda que o futebol foi um exemplo a adotar medidas de contenção contra a pandemia de Covid-19.

«Estamos em permanente contacto por grupos de redes sociais, evidentemente, e em contacto privado direto e de grupo também. O acompanhamento [dos jogadores] é feito dessa forma, mas também através de instrumentos de controlo de carga externa, portanto sabemos o esforço que eles [jogadores] estão a fazer», afirmou.

«A equipa técnica desenhou um plano individual de trabalho, que vai variando em função do microciclo semanas e em alguns jogadores são ajustadas algumas necessidades. Eles são monitorizados e a seguir reportam-nos aquilo que foi a sensação do esforço interno», prosseguiu.

Nélson Puga falou depois especificamente sobre o novo coronavírus e como é que se pode combater uma pandemia que já fez milhares de vítimas mortais em todo o mundo.

«Do ponto de vista clínico, como em qualquer outra virose, são os próprios recursos imunitários da pessoa que fazem com que consigamos vencer a doença. Por isso, quem está mais debilitado tem mais problemas, tem mais dificuldades e a esperança está em conter a progressão da doença. Todas estas medidas que agora foram adotadas eram essenciais.»

«No meu entender, já deviam ter sido adotadas, aliás, de acordo com aquilo que o futebol fez. O futebol adotou as medidas um bocadinho antes daquilo que foram as medidas adotadas pelo Governo», opinou.

O responsável médico dos dragões diz, ainda assim, que Portugal se antecipou em relação a países como Itália e Espanha, que vivem nesta altura situações mais alarmantes: «Acabámos por adotar estas medidas restritivas um bocadinho antes do que aconteceu em Itália e França, onde se registam os casos mais graves. Por sorte tivemos uma semana de atraso no aparecimento de casos e por isso, por exemplo, fechámos as escolas na mesma altura que Espanha e França e adotámos medidas com uma semana de antecedência relativamente a esses países.»