Declarações de Jorge Simão, treinador do Boavista, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, depois da derrota (1-0) diante do Moreirense:

«É uma derrota difícil de aceitar, porque acho que demos muito mais ao jogo do que aquilo que levámos dele. O Moreirense acaba por ter mérito no golo que faz, que nem sequer é uma oportunidade construída, é uma segunda bola e um remate fora da área e depois jogámos no meio campo ofensivo. Construímos pela direita, pela esquerda, pelo centro. Tivemos oportunidades claríssimas, em que parecia que a bola já estava dentro. Acresce a isto tudo o facto de termos falhado um penálti numa primeira parte mastigada e sem fluidez de parte a parte. Não é fácil uma equipa construir neste campo o número de oportunidades tão claras e tão flagrantes que nós construímos».

[Preocupa-o não ganhar fora há três meses?] «É uma situação que temos analisado e ponderado. Acho que é importante dizer que temos somado muitos pontos em casa, acaba por ser um simples acumular de jogos que têm acontecido, não tem havido um padrão que justifique isso. Uma equipa que perde os jogos todos fora e ganha todos em casa faz uma média de 1,5 pontos por jogo, o que é uma média difícil para equipas para além dos quatro que estão destacados na frente. Preocupante era não ganhar há três meses. Temos feito bons jogos, hoje foi um deles».

[Quinta grande penalidade falhada] «É motivo de análise e reflexão. A única coisa que há a fazer é treinar. Não conheço outra forma de melhorar a eficácia dos nossos comportamentos. Já mudámos os batedores de penáltis, não há muito mais que possa dizer em relação a isso a não ser o treino».

[Reação dos adeptos no final do jogo] «É uma atitude e um comportamento que nós, enquanto grupo de trabalho, a única coisa que queremos é proporcionar alegrias. É para eles que jogamos. Só temos que respeitar, compreender e seguir. Temos todos, grupo de trabalho, Boavista, sorte em ter esta massa associativa, quer em número quer em comportamento. Não conseguindo dar-lhes as alegrias que queremos, só temos de respeitar».