A Liga Portugal juntou as sociedades desportivas (SAD) para analisar o processo movido pela Autoridade da Concorrência (AdC), que motivou multas aos clubes num valor global de ultrapassou os 11 milhões de euros.

Em causa o processo que remonta a 2020, no início da pandemia de covid-19, quando os clubes das ligas profissionais assinaram um acordo de não-contratação de trabalhadores que rescindissem no contexto da pandemia.

O acordo foi classificado pela Autoridade da Concorrência como «restritivo da concorrência no mercado laboral», mas as multas aplicadas aos clubes variam muito nos valores.

O presidente da Liga, Pedro Proença, já tinha anunciado que ia ser apresentado recurso da decisão, com a Liga a argumentar que se tratou de uma «mera manifestação do espírito de união e forte solidariedade entre clubes num contexto de adversidades únicas». 

No comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Liga informa que juntou a generalidade das sociedades desportivas para analisar o caso, ainda que nem todos os emblemas tenham sido notificados da decisão.

«Da referida reunião saiu a conclusão preliminar de que a decisão revela um desconhecimento grave das particularidades da indústria do futebol, da natureza idiossincrática do Futebol Profissional e mesmo da relação laboral desportiva pelo que é manifestamente injusta, desproporcionada e desafiadora do bom-senso. A Liga Portugal não deixará de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para repor a Justiça que se impõe», acrescenta o comunicado.

De acordo com as informações recolhidas pelo Maisfutebol, os clubes acordaram realizar novas reuniões nos próximos tempos, para gerir o processo.