Luís Freire, treinador do Nacional, na sala de imprensa, após derrota por 2-0 frente ao Gil Vicente:

«Não é fácil trabalhar sobre derrotas. Temos o grupo comprometido com o trabalho e com a ideia. Jogámos contra uma equipa moralizada, embora estivesse perto na tabela e por isso era um jogo muito importante para nós. Tivemos uma boa primeira parte, quase não concedemos oportunidades ao adversário e nós tivemos duas ou três, mas as melhores são nossas. Na primeira parte estávamos à altura daquilo que queríamos.

Na segunda parte o jogo estava equilibrado e acaba por ser desequilibrado na primeira grande oportunidade que o Gil Vicente teve. O estado amímico das equipas acaba por ditar isto. A partir daí sentimos o golo, tentámos alterar rápido, passar a ter dois pontas de lança, tentei projetar a equipa e numa bola controlada, acabámos por sofrer o 2-0. O Gil confortável, confiante, acaba por gerir o jogo. O primeiro golo foi fundamental, se fossemos nós a marcar primeiro, se calhar era o Gil Vicente a ter essas dificuldades todas.

[a paragem será benéfica?] Sim, a paragem será benéfica. Quando estamos com uma série de resultados tão negativos, que é a realidade, claro que a paragem só poderá trazer coisas melhores.

[Ainda se sente motivado para alterar o rumo das coisas?] Não é por causa da tabela, é a questão das seis derrotas que acabam por pesar emocionalmente e os 15 dias de paragem vão ser úteis. Sem uma vitória ninguém dá a volta a nada e nós precisamos de uma. Só com muito sacrifício de todos, principalmente do grupo de jogadores e da equipa técnica, estarmos muito unidos, é que conseguimos algo na vida.»