FIGURA: Nenê
Experiência e vitalidade na frente de ataque do Moreirense, apesar dos 35 anos. O avançado brasileiro apontou o seu terceiro golo da época, de grande penalidade, a aproveitar um lance que o próprio fabricou. Força no remate e crença depois na recarga antes de ser derrubado. Não tremeu da marca dos onze metros. Deu luta no lance do segundo golo, ao pressionar Helton Leite. Exibição esforçada e produtiva na frente de ataque do Moreirense por parte de Nenê.

MOMENTO: golo de Arsénio (45+3’)
Numa fase em que o Boavista se tentava reorganizar em inferioridade numérica até ao intervalo, Arsénio deu uma estocada nos axadrezados. Heriberto conduziu pelo corredor direito e cruzou forte para o coração da área. Helton evitou que Nenê finalizasse, mas deixou o esférico à mercê do capitão do Moreirense, que numa fase decisiva do encontro levou os Cónegos em vantagem para o intervalo. Valeu o triunfo.

NEGATIVO: Neris imprudente
Dois amarelos em seis minutos, duas abordagens deficitárias à bola e uma expulsão tão incontestável quanto evitável por parte do defesa central brasileiro do Boavista. Deixou o conjunto do Bessa em inferioridade numérica aos 38 minutos, um duro revés para a equipa de Jorge Simão.

OUTROS DESTAQUES

Mateus
O elemento que teve mais capacidade para esticar o jogo do Boavista, dando-lhe profundidade, a exemplo do que aconteceu no lance no qual abriu o ativo. Tentou causar desequilíbrios.

Arsénio
Não tem a irreverência de Heriberto, mas equilibra o lado esquerdo com personalidade e com uma produtividade assinalável. Com tranquilidade foi do seu flanco à área finalizar com firmeza o segundo do Moreirense.

Chiquinho
Um pêndulo no meio campo a fazer a ligação entre o setor mais recuado e os jogadores mais criativos do Moreirense. Mesmo não estando numa noite de grande inspiração consegue fazer o seu trabalho com mérito.