Figura: Nuno Santos

Num registo mais cerebral que Paulinho, o médio destacou-se pela capacidade de ligar o jogo do Boavista. Embora errado por vezes na execução, Nuno Santos decidiu com critério e sobretudo inteligência – combinou bem com Mangas na esquerda. O jovem jogador exibiu pormenores de classe, acumulou recuperações de bola e ficou perto do golo num pontapé de fora da área. Nuno Santos não merecia, de todo, a infelicidade de marcar na própria baliza.

 

Momento do jogo: à ponta de lança, Javi acerta no poste, 56m

Depois do golo sofrido em cima do intervalo, o Boavista procurava o empate e teve perto de o conseguir. Paulinho encontrou Javi na meia-lua e o espanhol rematou à meia-volta ao poste. Piscitelli estava completamente batido. Não era a noite do Boavista.


Outros destaques:


Javi Garcia: o espanhol esteve no melhor e no pior da pantera na partida. O médio teve o mérito de «inventar» a melhor situação de golo do Boavista no jogo, mas acertou no ferro, e depois foi expulso por acumulação de cartões amarelos em dois minutos. Inexplicável o que Javi fez quando a equipa procurava anular a desvantagem no marcador.


Rui Correia e Pedrão: a dupla de centrais do Nacional tem muito mérito na vitória do Nacional. Os dois homens do eixo defensivo dos insulares jogaram a um nível muito alto. O capitão dos madeirenses «limpou» praticamente tudo, dobrando mesmo Piscitelli enquanto Pedrão esteve intransponível no jogo aéreo. Com o decorrer dos minutos, o duo mostrou maior lucidez para sair a construir o que permitiu, consequentemente, à equipa jogar melhor. Fizeram um belo jogo, em suma.


Yusupha: podia e deveria ter acabado o jogo com pelo menos, um golo. O avançado da Gâmbia dispôs de quatro ocasiões para marcar, uma delas soberana, mas revelou pouco acerto na hora da finalização. Falhou dois cabeceamentos na área, por exemplo, além de uma excelente situação a passe de Elis. Apesar do que trabalhou, esta não foi a sua noite.