Figura: Diaby

Desengonçado, pernas longas e uma estampa física impressionante. O estilo não engana ou não fosse familiar de Abou Diaby (ex-Arsenal). O jovem francês mostrou-se nato em recuperar bolas e em desarmar adversários, intervenções importantes para impedir as transições contrárias. Não fez jus ao apelido, porém, quando se tratou de definir. Quando aparentava ter falta de frescura física, Diaby encarnou no irmão e deu a vitória aos castores.

Momento: minuto 82, depois de Doulgas abrir o Tanque Diaby enche-o de esperança

Depois de Douglas abrir o Tanque da esperança, Diaby encheu-o até ao limite e deu o primeiro triunfo da época ao Paços de Ferreira. O médio francês beneficiou de um corte imperfeito de Dzwigala para pontapear, em queda, a bola para o fundo da baliza de Beunardeau à entrada para os dez minutos finais.

Outros destaques:

Welinton: Mohammadi é explosão e pontapé fácil, Welinton é inteligência. A dupla ofensiva avense esteve, aliás, na génese do lance que resultou no 0-1. O avançado brasileiro aproveitou o trabalho do iraniano e disparou fortíssimo ao ângulo da baliza de Ricardo. Além do golo, Welinton fartou-se de driblar camisolas amarelas e de arrancar cartões. Face ao que correu, o avançado não teve forças para a dez minutos do final coroar a corrida de trinta metros com o 1-2. Foi, ainda assim, o melhor avense na Capital do Móvel.


Douglas Tanque: uma, duas, três… os adeptos pacenses e o banco estavam quase a desesperar perante tamanho desperdício do avançado. É verdade que lutou e trabalhou bastante, mas foi infeliz na maioria das tentativas de visar a baliza contrária. Errou o alvo na primeira parte e, mais tarde, assinou dois falhanços em plena pequena área avense. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura, certo? Douglas abriu o Tanque e deu início à reviravolta do Paços de Ferreira.

Enzo Zidane: vive agarrado ao apelido e, embora esteja longe do nível do pai, Enzo mostrou que é um bom jogador. Tem a classe inerente ao apelido que carrega. O médio avense fez o mais difícil como dizia Cruyff: jogou simples. É a maior virtude que tem e não raras vezes desenvencilhou-se de adversários com um toque ou dois toques. Fantástica a assistência de Enzo com o calcanhar que Mohammadi desperdiçou quando o Desp. Aves estava a vencer.