Com o mau tempo que assola o norte do país, o treinador do Paços de Ferreira, Jorge Simão, mostra-se preocupado com o estado do relvado da Mata Real na receção ao Vitória de Setúbal, na segunda-feira.
 
«Esta semana, nem vimos o relvado, para o poupar. A eventualidade do mau tempo continuar pode condicionar o jogo de amanhã [segunda-feira], porque, se a bola não rolar, teremos um jogo mais direto e musculado», disse Jorge Simão, na antevisão do encontro.
 
O técnico do Paços de Ferreira relativizou, por outro lado, os efeitos da goleada sofrida pelos sadinos na ronda anterior (6-0 diante do Sporting), bem como a ausência do goleador sul-coreano Suk, com os mesmos nove tentos na Liga do pacense Bruno Moreira.
 
«O Suk, como é óbvio, é um excelente jogador, mas a única forma de [a sua ausência] ser vantagem é o Setúbal jogar com dez jogadores», sublinhou com ironia, sobre o jogador que terá já assinado pelo FC Porto. Jorge Simão aproveitou ainda para elogiar o adversário, que considera «uma equipa boa, que justifica a classificação que ocupa».
 
O técnico pacensa desvalorizou a possibilidade de o Paços de Ferreira poder cimentar o quinto lugar, reiterando que o foco da equipa «está mais nos objetivos pontuais do que classificativos».
 
«No futebol não há meios objetivos e pensar que estamos a meio da nossa caminhada vale zero. Este jogo é mais uma oportunidade de somarmos pontos à nossa luta e o quinto lugar, sexto ou sétimo, é um efeito secundário. Aquilo que é plausível dizer é que a meta dos 48 pontos não é tão surreal como isso e que nos mantemos dentro dessa média pontual», frisou.
 
«Parece-me importante realçar três aspetos: o Paços terá dos orçamentos mais baixos da I Liga, tem um plantel profissional com 15 jogadores oriundos da formação e recrutados nos escalões secundários e, além disso, [este ano] houve uma rotura completa com o passado em termos de processos de jogo», salientou, reconhecendo que, «após alguns meses de trabalho, a equipa está melhor do que no início».
 
Numa altura em que se fala da possibilidade de saída de Diogo Jota, Jorge Simão diz que, «neste momento, não está perspetivada nenhuma entrada ou saída, mas tudo pode acontecer». «O que posso dizer é que os jogadores estão unicamente focados em ajudar o Paços na sua luta e é absolutamente exemplar a forma como têm encarado este desafio».