Figura: Seri com total liberdade
Bom jogo do costa-marfinense que soube ler muito bem o jogo e nos momentos de impasse saía a jogar, sem marcação, ganhando metros no terreno, ao mesmo tempo que baralhava a organização defensiva dos «azuis». Pisou muitas vezes terrenos que, habitualmente, não são os seus, transportando a bola para a frente, quando não tinha oposição, ou com passes de rutura, como aconteceu no lance do primeiro golo em que soltou Bruno Moreira na cara de Ventura. Um gesto que o médio repetiu várias vezes ao longo do jogo, abrindo também o jogo para os flancos, à procura da velocidade de Manuel José [esta noite mais lento do que é costume] e, sobretudo, de Vasco Rocha.

Momento: passe mortal de Seri para Bruno Moreira
É mesmo o tal de passe de Seri para Bruno Moreira, aos minuto 32, no lance do golo. O avançado ainda encontrou oposição de Ventura que bloqueou o primeiro remate, mas a bola, prensada, ganhou altura e dirigiu-se caprichosamente para a baliza sob a escolta do avançado que foi junto à linha fatal confirmar o golo de cabeça.

Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO e as notas dos jogadores

Bruno Sousa
Bom jogo do júnior do Paços que, perante tantas ausências, foi lançado à feras com um desafio de risco elevado, uma vez que teve Miguel Rosa pela frente. O jovem lateral, com uma exibição bem personalizada, esteve impecável a defender, e ainda subiu muitas vezes no terreno para ajudar no ataque. Neste capítulo, destaque para a audácia num pontapé de longe a tentar surpreender Ventura que estava ligeiramente adiantado.

Fábio Cardoso
Numa defesa remodelada, Fábio Cardoso destacou-se na alturas, anulando muitos cruzamentos que os «azuis» bombearam para a área do Paços, com cortes simples, mas extremamente eficazes. Foram raras as vezes que sobrou uma segunda bola junto à área do Paços.

Vasco Rocha
Jogou na zona central, nas costas de Bruno Moreira e entre Manuel José e Minhoca, ocupando muito bem os espaços, oferecendo sempre linhas de passe aos companheiros, para um futebol rápido ao primeiro toque. Quando o Paços perdia a bola recuava para se colocar entre Seri e Rúben Pnto numa primeira barreira de bloqueio. Foi nesta dança entre o ataque e a defesa que Vasco se destacou, fazendo muitas compensações em toda a largura do terreno.

Carlos Martins
O Belenenses precisava hoje do melhor Carlos Martins, mas o médio estava claramente abaixo do que já demonstrou. Sem ritmo, lento a decidir, sem conseguir provocar desequilíbrios. Lito Vidigal ainda esperou pelo início do segundo tempo, mas hoje não era definitivamente noite para Martins que acabou por ceder o lugar a Pelé.

Bruno Moreira
Num jogo de tantos equilíbrios, destaque para a eficácia do avançado numa das poucas oportunidades do Paços. Um golo caprichoso mas que vale a conuqista dos três pontos. Já tinha marcado na semana passada, no empate com o V. Guiamrães (2-2), voltou agora a marcar. O jejum parece ter ficado para trás das costas.