Não está fácil para o Belenenses. A equipa do Restelo voltou a perder e somou a sétima derrota consecutiva, desta feita com o Paços Ferreira (1-2) depois de até ter estado a vencer. Acentuou-se a crise para os lados de Belém, aproveitada pelo Paços Ferreira que também vinha de resultados intermitentes, mas que chegou ao Restelo motivado pelo triunfo frente ao Sp. Braga
 
Assim, depois de um jogo que só melhorou na última meia hora, o Paços Ferreira deslocou do Belenenses e tem agora mais três pontos do que a equipa lisboeta. A formação pacense termina a ronda 31 no mesmo 12.º lugar, mas agora com os mesmos pontos do que o Vitória Setúbal e tem a manutenção mais do que garantida.
 
O Belenenses também já não desce, mas o momento não é bom.
 
 
Na estreia de Domingos Paciência no Restelo - depois da derrota por 3-0 em casa do Marítimo, na ronda passada - o técnico fez quatro alterações. Chamou Hugo Ventura, que tinha perdido há meses a titularidade para Cristiano, e ainda Gonçalo Silva, André Sousa e Abel Camará.
 
Também Vasco Seabra fez algumas mexidas relativamente ao onze titular no triunfo caseiro frente ao Sp. Braga, na última jornada: Bruno Santos, Christian e Miguel Vieira desta vez começaram de início.
 
Certamente que ambos os técnicos mudaram a pensar no melhor, mas a primeira parte do jogo foi «fraquinha». Desculpe-se a expressão, mas é como se costuma dizer. Bola cá e bola lá, mas nenhum lance de relevo. 
 
Só aos 26 minutos é que a bola chegou pela primeira vez perto da baliza. Foi num canto a favor do Belenenses, em que Gonçalo Silva cabeceou. Ainda assim, Defendi segurou sem grandes dificuldades.
 
O Paços Ferreira respondeu cinco minutos depois com um remate de Ivo Rodrigues, na esquerda, que teve o mesmo caminho e sem grande perigo: as mãos do guarda-redes, entenda-se de Hugo Ventura.
 
Zero a zero no marcador ao intervalo.
 
No recomeço, os mesmos onze de cada lado e não se esperava melhor. Até que ao minuto 50 um erro de Defendi deu em golo do Belenenses e «abriu», de facto, a partida. Cruzamento da esquerda, o guarda-redes do Paços hesitou, não segurou e a bola foi parar a Maurides que não desperdiçou o 1-0.
 
Depois disso, o Paços também cresceu no encontro e foi tentando o empate. Ainda assim, foi Maurides quem ainda tentou um chapéu a Defendi a meio-campo, depois de ver que o guarda-redes estava fora da baliza, mas a bola saiu ao lado.
 
Quem não marca, ainda que num lance desses, pode sofrer... e sofreu, golo e o empate. Foi na marca de grande penalidade e foi Phellype que fez o 1-1, depois de Abel Camará ter empurrado Andrezinho na área e o árbitro ter assinalado grande penalidade. Cinco minutos antes Rui Oliveira tinha ajuizado diferente e mal um penalti claro de Yebda sobre Phellype.
 
Com o empate no marcador, surgiram outras ocasiões de golo... e a cambalhota. Foi já aos 88 minutos pelos pés de Vasco Rocha, após bom trabalho individual do jogador pacense e muita passividade da defesa do Belenenses.
 
Felicidade do Paços Ferreira, que fez também por merecer na noite em que estreou Tony Taylor. Para o Belenenses pode dizer-se que foi um tanto ou quanto ingrato, mas o erro de Camará (que deu o 1-1) ajudou.