O Boavista somou os seus primeiros pontos na Liga esta temporada ao vencer, por 3-0, um Paços de Ferreira bastante abaixo de outras exibições que já apresentou esta época, que tem o Tottenham como próximo adversário já daqui a três dias.

Depois de não ter conseguido usar todos os seus jogadores no jogo da primeira jornada frente ao Gil Vicente, João Pedro Sousa tinha esta segunda-feira mais opções e notou-se, primeiro na escolha do onze - com as entradas dos reforços Makouta e Kenji Gorré, além de Nathan e Chidozie, que estavam cedidos em 2020/21 e assinaram novos contratos em 2021/22 – e depois na exibição. Os axadrezados apareceram completamente transfigurados e conseguiram uma vitória folgada.

A jogar em casa, perante o seu público, o Boavista começou por criar perigo logo nos instantes iniciais, com Seba Pérez a aparecer na área e a rematar ao lado da baliza de André Ferreira. Estava dado o primeiro sinal de perigo quando os espectadores ainda se ajeitavam nas cadeiras.

Nos minutos seguintes, mais dois lances de perigo para os axadrezados: Xavi Garcia a cabecear ao lado na área, num lance de bola parada e um remate de Yusupha junto à baliza, que André Ferreira defendeu para canto.

Do lado oposto, o Paços tentava responder. Denilson jogou com Lucas Silva, mas o remate esbarrou depois na defesa do Boavista. Flávio Ramos cabeceou na área num livre batido por Antunes.

Mas o Boavista estava a conseguir chegar em melhores condições junto à baliza de André Ferreira e não tardaria a marcar. Seba Pérez a trabalhar no meio campo, num lance em que a bola lhe bate ainda no braço, passa para Sauer, que coloca em Gorré na lateral direita da área. Este faz um passe paralelo para Yusupha que estava à boca da baliza e empurrou para o golo.

Os jogadores do Paços ficaram a pedir falta, mas o árbitro não assinalou e estava aberto o marcador.

Depois do golo, os axadrezados foram recuando as linhas e os pacenses, que estavam à procura do empate, viram-se obrigados a procurar espaços sobretudo pelo corredor direito e a tentar chegar à baliza de bola parada. Denilson, Nuno Santos e Lucas Silva tentavam furar, mas parecia haver sempre um defesa no caminho. Livres e cantos batidos para a área por Antunes e Nuno Santos deram origem a alguns cabeceamentos que, ou foram para fora, ou Bracali defendeu.

O tempo passava e o golo pacense não chegava. Até que o que chegou mesmo foi o intervalo. A segunda parte começou com uma sequência de livres no meio campo do Boavista. Marco Baixinho e Flávio Ramos tentaram o cabeceamento, mas a bola a sair ao lado.

Mais inspirados e eficazes estiveram os jogadores do Boavista e aos 61 minutos, num canto batido para a área, Javi Garcia antecipou-se a André Ferreira e aos defesas pacenses e cabeceou para o 2-0.

Se o Paços já não estava nos seus dias, pior ficou depois deste golo. Os jogadores pacenses tentaram responder, mas o jogo não fluía, mesmo depois das substituições. Quando conseguiram criar perigo e rematar na área (Douglas Tanque e Eustáquio), Bracali disse presente e defendeu.

A noite boavisteira ainda ficou melhor quando De Santis, que tinha saltado do banco, fez o terceiro. O jogador axadrezado isolou-se, entrou na área descaído para a direita e rematou ao primeiro poste, com André Ferreira a deixar a bola passar-lhe por baixo do corpo. Inicialmente o lance foi anulado pelo árbitro assistente, mas, depois de longos minutos de espera para consulta do VAR, o golo foi validado, já que o avançado venezuelano estava em jogo por 10 centímetros.

Foi um Boavista completamente diferente do da primeira jornada que fez então a festa junto dos seus adeptos e somou os três primeiros pontos na Liga esta temporada. O Paços soma uma derrota pesada a três dias da receção ao Tottenham para a Liga Conferência.