Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, em declarações na sala de imprensa do estádio Capital do Móvel, após a derrota por 2-0 frente ao P. Ferreira, em jogo da 14.ª jornada da Liga:

«Parabéns ao Paços de Ferreira pela vitória. Fizemos uma boa abordagem ao jogo, dominámos a primeira parte e criámos quatro situações para marcar. Não permitimos que o Paços chegasse perto da zona baliza. Não dava para jogar num terço do campo e isso limitou-nos. Precisamos dos corredores para jogar e o jogo só rodava para a esquerda, na direita era difícil jogar. Isso prejudicou a qualidade de jogo. 

Na primeira parte tivemos o Galeno e na segunda parte tivemos o Esgaio. Poderíamos e deveríamos estar a ganhar ao intervalo. Logo a abrir, criámos a oportunidade do Abel. Depois houve o golo do Paços e a equipa perdeu-se um bocadinho, em função do que tinha feito. No momento em que mexi sofremos o segundo golo. Faz parte do jogo.

Há uma reação da nossa parte no final e algumas saídas do Paços, mas nada de muito flagrante. Quem marcasse primeiro ficaria com grande vantagem, em função do relvado. Num lado do campo era só para patinagem artística. 

Tivemos quatro oportunidades na primeira parte. Não quero cometer nenhum erro, mas acho que o Paços marca na primeira vez que vai seriamente à nossa baliza. Uma equipa que tem quatro oportunidades e não concretiza... o golo do Paços tem peso. A equipa sentiu o golo sofrido, demorou a recompor-se. O Paços fecha-se bem e com a dificuldade em jogar num dos corredores... A palavra que me ocorre para este jogo é ingrato.»

[Saída do Al Musrati ao intervalo]: «Senti que o Iuri não entrou bem. A equipa se calhar não o conseguiu descobrir. Um pouco mais à frente corrigimos. Com a falta do Paulinho, a presença do Fransérgio junto ao avançado é importante. O Iuri não teve o impacto que pensaríamos que podia ter.»

«Não estou preocupado com a classificação. Preocupo-me em fazer o melhor possível. Deveríamos estar a ganhar ao intervalo, mas não conseguimos. Não podemos fazer nada em relação a este jogo e não temos tempo para fazer o luto. Nunca vamos ter, aliás. Vamos jogar de três em três até março. Foi a responsabilidade que criámos. Quem está assim, não tem de pensar em pontos.»