João Henriques, treinador do Paços Ferreira, depois da derrota frente ao Portimonense (1-3) que sentenciou a descida de divisão do clube:

«Sentimo-nos tristes, não há outra palavra. Tínhamos apenas um objetivo: manter o Paços, independentemente do resultado e do que seria necessário fazer. Entramos bem, tivemos situações para marcar e não o fizemos. O Portimonense marcou na primeira situação e isso dificultou mais a nossa tarefa daí para a frente, além da agravante da lesão do Luiz Phellype.  Na segunda parte a melhor oportunidade foi nossa, pelo Pedrinho, que podia empatar, e quando arriscamos para chegar ao golo sofremos o segundo e ficou tudo mais complicado. Tivemos esperanças quando reduzimos mas o risco foi grande devido às transições do Portimonense.»

«O clube merecia continuar, o Estoril também pode dizer o mesmo e os que ficaram dizer que foi justo. Mas depois daquilo que foi um época atribulada, com 3 treinadores... Vivi os últimos 4 meses, considero que foi injusto pelas exibições e pela sorte, que não quis nada connosco. Só tenho um desejo, que o Paços regresse daqui a um ano e que estas lágrimas passem a ser de alegria. Agradecer o imenso apoio dos nossos adeptos, não foi por eles que não correu bem. É uma paixão pelo clube, 600 km num domingo, sabendo que amanhã é dia de trabalho. Quisemos estar com eles naquele momento de sofrimento. Foi difícil mas tivemos que dar a cara num reconhecimento pelo que fizeram para apoiar a equipa.»

«O clube vai ter que se reajustar à descida para um campeonato diferente, que terá que olhar de outra forma e preparar uma subida rápida. O meu futuro pouco importa nesta altura, o futuro do Paços é que é importantíssimo e é isso que vai ser discutido. É uma situação nova para mim, mas o trabalho desenvolvido nestes últimos quatro meses deixam-me de consciência tranquila, pois os pontos conquistados foram mais do que tinham sido antes. Tenho mais um ano de contrato.»