Um golo a cinco minutos dos 90 permitiu ao Paços de Ferreira pôr fim a cinco jornadas sem vencer para dar um passo gigante na certeza do quinto lugar.

João Pedro saltou do banco para cobrar o castigo máximo que se traduziu num sério castigo para o compromisso defensivo do Belenenses. O lance decisivo foi muito contestado pelos azuis, mas Gustavo Correia manteve a decisão de braço na bola de Henrique em lance com João Amaral.

A emoção deste jogo, diga-se, esteve mesmo toda no final. Depois do único golo, aos 85 minutos, houve outro anulado e ainda duas expulsões.

A equipa de Petit, treinador que viu o cartão vermelho logo após o 1-0, empatou em cima do minuto 90 por Henrique Buss, festejou a preceito, mas viu o golo anulado por fora de jogo de Varela no início da jogada.

Já na compensação, o Paços aguentou a investida final do Belenenses – que só acelerou verdadeiramente na frente em desvantagem – com menos um homem em campo: Hélder Ferreira viu o vermelho direto no segundo de cinco minutos de compensação, após pisar de forma dura uma perna de Yaya Sithole.

Grosso modo, foi isto que se espremeu de um jogo que teve outros 85 minutos que não faziam prever um final tão frenético.

Se a equipa de Pepa pôs fim à pior sequência sem vitórias, o Belenenses não conseguiu igualar a melhor série sem perder – cinco jogos – e saiu penalizado de um jogo no qual, se não fez mais para ganhar que o Paços, teve pelo menos coesão, compromisso e responsabilidade a defender.

P. Ferreira-Belenenses: toda a reportagem do jogo

Da primeira parte, pouco mais houve a reter do que um remate forte de Uilton que Kritciuk segurou. Do outro lado, o Belenenses, assente num 3x5x2 com Bruno Ramires a apoiar um solto Francisco Teixeira, só respondeu após cantos e cruzamentos, mas os cabeceamentos de Ramires (9m) e Rúben Lima (41m) nada quiseram com as balizas. Pelo meio, os visitantes ainda pediram carga de Jordi sobre Tiago Esgaio para penálti (33m), mas o entendimento não foi esse.

Para a segunda parte, Pepa recuou Uilton com a saída de Rebocho para a entrada de Hélder Ferreira e mudou Maracás por Marco Baixinho na defesa.

A segunda parte até começou mexida e Francisco Teixeira e Eustáquio testaram os guarda-redes, mas não havia forma de desfazer o 0-0. Vendo este insistir, Pepa apostou tudo com mais dois homens frescos, Adriano Castanheira e João Amaral. Pouco depois disso, Tanque picou sobre Kritciuk, mas o russo mostrava-se imbatível.

Petit também mexeu na equipa – estreou Edgar Pacheco – e foi também na última mexida que Pepa acertou. João Pedro, da marca dos onze metros, quase viu Kritciuk defender, mas garantiria por fim, após um final de fortes emoções, que os três pontos encaixariam na Capital do Móvel.