Figura: Eustáquio

O internacional sub-21 nacional parece estar de volta à melhor forma. O luso-canadiano começou por destacar-se nas dobras aos centrais e na forma como fez a bola andar de um lado para o outro. Cresceu com o decorrer dos minutos e dominou por completo o meio-campo. Aliás, o lance do 2-0 é sintomático: Eustáquio recupera, faz um passe delicioso para Hélder Ferreira e aparece à entrada da área para concluir. Ficou pertíssimo do bis, mas a bola esbarrou na trave. Enfim, que jogaço de Eustáquio! 


Momento: «traição» de Bruno Costa, minuto 59

Após uma entrada prometedora, o FC Porto sofreu o 3-1 num lance inadmissível. Marega calculou mal o tempo de salto ao cruzamento de Oleg e cortou a bola com o braço. Nuno Almeida não teve dúvidas e apitou penálti. Bruno Costa atirou de forma colocada, sem hipóteses para Marchesín, e pediu desculpa pelo golo à ex-equipa. 
 

Outros destaques:


Luther Singh: a par de Eustáquio, foi o melhor do Paços de Ferreira. O sul-africano tornou a vida complicada, sobretudo a Mbemba, e chegou com facilidade a zonas de finalização. O extremo está no lance do 1-0 (é ele quem bate o congolês em velocidade) e teve um golo anulado. Acabou substituído e sem marcar, embora tenha contribuído (e muito) para o triunfo dos castores.

Marega: é o rosto da noite difícil e má dos dragões. O maliano foi uma nulidade em termos ofensivos, raramente se evidenciou na velocidade - o aspeto onde é mais forte - e teve dificuldades para jogar em espaços curtos. Ora dominou mal a bola, ora definiu sem critério. Além disso, Marega cometeu a grande penalidade que deixou o Paços de Ferreira com a possibilidade de fazer o 3-1.

Otávio: de longe, o melhor jogador do FC Porto. Começou no corredor esquerdo e acabou como médio centro. Em todas as ações, Otávio mostrou empenho, inteligência e um nervo diferente dos restantes. O médio brasileiro «inventou» o penálti que resultou no 2-1 e deu esperanças aos portistas de vencer a partida e marcou ele próprio o 3-2. Merecia ter outro acompanhamento por parte dos seus colegas.

Fernando Fonseca: nem Otávio, nem Díaz foram capazes de colocar o lateral pacense em dificuldades. Fernando Fonseca fez um jogo de alto nível tanto a defender como atacar. É possível um lateral desequilibrar toda uma equipa adversária? Veja-se o que fez o defesa ao minuto 66: tabelou com um colega, arrancou perante dois contrários e quebrou duas linhas dos azuis e brancos antes de assistir Bruno Costa para um remate que Marchesín defendeu. Promete muito esta época.