O Paços de Ferreira começou com o pé esquerdo a temporada do regresso à I Liga, com uma goleada aplicada pelo Benfica, mas o treinador Filipe Rocha disse acreditar em efeitos mínimos na receção aos ao Santa Clara.

«Disse aos jogadores que cada jogo tem uma história, cada adversário apresenta uma estratégia e um plano de jogo diferentes, e este é um jogo diferente do anterior e estivemos a prepará-lo bem. É mais um jogo duro, um jogo difícil, como são todos da I Liga, e temos de estar ao nosso melhor nível para conseguir um bom resultado», disse o técnico em conferência de imprensa.

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Ainda em relação ao jogo com o Benfica, Filipe Rocha defendeu que a prestação da equipa na Luz foi «boa» até à expulsão de Bernardo Martins, por acumulação de cartões amarelos, aos 65 minutos.

«Não estou desiludido, no sentido da aplicação e entrega dos atletas, porque eles tiveram vontade, eles tentaram, eles quiseram. Tivemos uma boa prestação até à expulsão, mas, depois de ficarmos reduzidos a 10, o Benfica aproveitou os poucos erros que tivemos e ficou uma tarefa muito difícil. A partir daí o jogo ficou fora do nosso controlo».

João Henriques volta à Mata Real como visitante, após ter orientado a equipa pacense há duas temporadas, e Filipe Rocha relativizou o conhecimento que o seu colega do Santa Clara possa ter dos castores, insistindo que o mais importante é «o trabalho, o plano e a ideia de jogo», pedindo aos pacenses e aos sócios «muita paciência e muita ajuda».

«Este trabalho é duro e esta época é dura, é preciso trabalho e o apoio de todos, a começar já este jogo. Todos são importantes e peço que ajudem o máximo que puderem, criando um ambiente positivo em torno da equipa, aconteça o que acontecer», referiu.

As palavras de Filipe Rocha têm também presente o momento do Paços, uma formação que procura, como todas as restantes, afinar processos e ganhar rotinas e que ainda não está no seu melhor, especialmente no ataque, «o mais difícil de ser desenvolvido» numa equipa de futebol.

«Como em todas as equipas, o último terço é o mais difícil a ser desenvolvido, a colocar as ideias que se pretendem. Os adversários também têm valor e uma boa organização defensiva, colocando-nos dificuldades, mas temos de ir sempre à procura de fazer melhor e melhorar o entrosamento, fazendo os jogadores sentir, também, que há uma concorrência muito grande, porque em todos os clubes exige-se rendimento», concluiu.