FIGURA: Rodrigo Pinho
O golo é excelente, golpe de cabeça à ponta-de-lança, mas antes já assustara Simão Bertelli com dois remates à entrada da área. Fortíssimo a segurar a bola e a acalmar o jogo da equipa, muito sereno, às vezes até a aparentar alguma distância emocional em relação ao jogo. Um avançado muito interessante, com demasiados altos e baixos no seu percurso em Portugal.

MOMENTO: expulsão de Franck Bambock (minuto 23)
Podia ser o golo decisivo de Rodrigo Pinho, claro, mas foi o vermelho direto ao médio francês que estabeleceu as regras do jogo: Marítimo em bloco baixíssimo e a apostar tudo nas bolas paradas, o Paços a atacar muito e quase sempre mal. Resultou. Para os madeirenses, claro.

NEGATIVO:
Filipe Rocha teve um adversário a jogar reduzido a dez a partir dos 23 minutos e só mexeu na equipa aos 59. Já depois de sofrer um golo. O Paços gritava por mais um ponta-de-lança e por menos um médio defensivo. Era demasiado óbvio, mas o seu técnico assim não o entendeu.

OUTROS DESTAQUES

Bruno Santos

O lateral do Paços tentou tudo no corredor direito. Subiu, desceu, arrancou cruzamentos e ainda arriscou o remate em duas situações. Não é o jogador mais lúcido do mundo, mas o coração que tem dá para dois plantéis inteiros. Muito bom jogo.

Kerkez e Zainadine
Exibição imaculada dos centrais do Marítimo. Limparam tudo, pelo ar e pelo chão. O moçambicano encontrou um parceiro de nível interessantíssimo.

René Santos
O médio mais defensivo do Marítimo completou um trio de grande importância com os dois centrais. Perdeu o colega de setor (Bambock) e a partir dos 23 minutos segurou ao colo o meio-campo de Nuno Manta. Arrancou uma bomba aos 60 minutos, que passou a rasar o poste direito. Grande exibição.

Diaby
Não fez tudo bem mas, numa equipa do Paços com tantas limitações, acabou por ser o único a pensar o jogo e a tentar inventar alguma coisa diferente do óbvio. Exagerou nos remates de longa, longuíssima distância.