FIGURA: Denílson

Foi o obreiro da reviravolta pacense. Não esteve muito em jogo no primeiro tempo, mas na segunda parte roubou o papel de herói, com um bis. Nesse período, lutou por entre os centrais açorianos, que o tinham conseguido anular anteriormente, e levou-lhes a melhor, sobretudo no segundo golo em que surge sorrateiramente nas costas de Villanueva. É o homem-golo do Paços e já leva cinco na Liga.

MOMENTO: Denílson Jr equilibrou a balança (69m)

Apesar de o golo ter tardado, o Paços desde o recomeço mostrou que vinha à procura do segundo triunfo consecutivo. Entre aproximações à baliza açoriana, pedidos de grande penalidade e remates bloqueados, apareceu o golo do avançado pacence, para equilibrar o marcador e lançar a vitória.

OUTROS DESTAQUES

Zé Uilton

Foi um verdadeiro polivalente. Atacou como extremo, defendeu como lateral. Ajudou Luís Bastos, que substitui Antunes, a fechar o corredor esquerdo e ainda subiu para dar muito trabalho a Rafael Ramos. Na segunda parte, ocupou o lugar de lateral e cumpriu com o que lhe tinha sido pedido: dar profundidade sem esquecer as costas. No segundo golo, foi rápido a perceber que Denílson estava em boa posição e cruzou com conta, peso e medida.

Eustáquio

O meio-campo do Paços foi a chave do sucesso do segundo tempo. A equipa teve muito mais momentos de jogo interior e os três elementos estiveram em bom plano. O internacional canadiano esteve em evidência na variação de jogo e nos equilíbrios que deu à equipa nos vários momentos de jogo. Assiste para o primeiro golo, ainda que sem intenção.

Cryzan

Está diretamente envolvido quer na jogada que dá o golo, quer na que o antecede. Driblou vários adversários desde a linha do meio campo até à meia lua, quando foi travado em falta. Depois, ainda rematou para Morita aproveitar «as sobras». Tem-se assumido, naturalmente, como o substituto de Carlinhos Jr. O lugar está bem entregue.

Morita

Sempre competente no meio-campo, ao nível do passe, como é já apanágio do nipónico. Foi mais rápido que toda a defensiva pacense e só teve de desviar para o golo, aos 41 minutos. A movimentação corporal de Morita, na receção orientada ou no simples movimento de levantar a cabeça em cada ação, demonstra o que já se sabe há algum tempo: é um craque.