Figura: Matheus

O guarda-redes brasileiro brilhou, sobretudo na primeira parte, e foi responsável pelo Sp. Braga ter saído de Paços de Ferreira sem golos sofridos. Matheus revelou-se atento e corajoso nas saídas pelo ar e reflexos bastante apurados. Foi, no fundo, um muro intransponível como ficou provado na defesa incrível a um desvio de Denílson já na área.

Momento: um muro chamado Matheus, minuto 26

O desenho do ataque do P. Ferreira foi simples, mas de uma beleza tremenda. Hélder Ferreira tabelou com Nuno Santos e cruzou para a pequena área. Denílson «enganou» Yan Couto, antecipou-se ao lateral-direito e desviou a bola para a baliza. O lance tinha tudo para dar em golo, mas Matheus fez uma defesa monstruosa e manteve o nulo. 

Outros destaques:

Chiquinho: na estreia como titular, o médio apenas apareceu a espaços. É verdade que o Sp. Braga produziu pouco no primeiro tempo, o que acabou por ser prejudicial para o jogador cedido aos bracarenses pelo Benfica. Ainda assim, Chiquinho conseguiu mostrar pormenores interessantes – esconde muito bem a bola e solta-a no momento certo – e dispôs da melhor ocasião dos minhotos em todos o jogo, mas André Ferreira brilhou.

André Ferreira: o jovem guarda-redes fez, tal como Matheus, uma exibição a roçar a perfeição. Nas poucas vezes que foi chamado a aplicar-se, André Ferreira fez o que lhe competia: negou o golo a Chiquinho com uma mancha deliciosa e a Galeno com uma defesa simples, mas eficaz. Além disso, esteve sempre seguro em todas as ações com exceção para as reposições de bola com os pés, um aspeto onde tem margem para crescer.  

Diogo Leite: tal como Chiquinho, o internacional sub-21 estreou-se com a camisola do Sp. Braga e fez uma exibição cinzenta. O jogador que pertence ao FC Porto leu mal um lance com Hélder Ferreira que por pouco não resultou em golo a favor do Paços de Ferreira. Leite cresceu com o decorrer dos minutos e destacou-se especialmente na condução de bola e na capacidade de ligar o jogo desde trás.

Denílson: o avançado foi, certamente, o melhor jogador dos castores esta tarde. Agarrou a titularidade, relegando Tanque para o banco, e pelo que se viu, não parece disposto a desperdiçar a oportunidade concedida por Jorge Simão. O brasileiro foi o elemento mais perigoso e esteve perto de marcar em duas ocasiões. Se o cabeceamento saiu fraco na primeira tentativa, o desvio em plena pequena área só não entrou por culpa de Matheus. Denílson fez um jogo acima da média.