Dois golos e dois pontos recuperados para o líder. O Sporting venceu esta noite em Paços de Ferreira por 2-1 e encurtou para metade a distância para o FC Porto. Um triunfo difícil, tal como haviam sido as últimas deslocações, em Vila do Conde (1-0) e em Moreira de Cónegos (1-1).

Na batalha da Mata Real, valeu desde logo Battaglia, um jogador de combate, que além da luta do meio-campo teve a munição certeira para ao segundo disparo fazer o golo, logo aos 20’. Quando Battaglia saiu de cena, lesionado, apareceu a estrela de Gelson, aos 75’, a fazer o 2-0.

Jesus fez regressar ao onze Coates e Acuña, ausentes no jogo contra o Olympiakos, e promoveu a reintegração de Bryan Ruiz, que fez os primeiros minutos esta época (entrou aos 72’). Por sua vez, Petit, que nas três ocasiões anteriores não havia perdido com o Sporting de JJ, transformou o 4-3-3 habitual num 4-4-2, com Mabil ao lado de Welthon lá na frente. E a verdade é que esta solução resultou num grande pendor ofensivo da equipa pacense: Mabil, muito rápido sobre os flancos ou nas costas do ponta-de-lança, causava desequilíbrios, que Welthon desaproveitou, ao contrário do que lhe é habitual.

PAÇOS-SPORTING, 1-2: JOGO AO MINUTO

Bem mais eficaz era o Sporting, que aos 20’ se adiantou num canto em que Battaglia marcou só na recarga. Bas Dost, que tem intervenção no lance, surge num posicionamento duvidoso.

Se é verdade que o triângulo invertido do meio-campo com William, Battaglia e Bruno Fernandes ajudava o Sporting dominar em posse de bola ao intervalo (37%-63%), também o era que o Paços era quem mais rematava (8-5).

Voltou o Paços a aparecer por cima na segunda parte, apesar de logo nos primeiros minutos ter ficado com três dos quatro elementos do meio-campo amarelados. Jesus foi colocando trancas à porta, até que o jogo voltou a agitar: o Sporting encontrou o ferro por Bruno Fernandes (remate ao poste, aos 65’) e o Paços também por Mabil (cabeceamento à trave, aos 71’).

PAÇOS-SPORTING, 1-2: DESTAQUES

O golo espreitava nas duas balizas e Gelson, o principal municiador do ataque leonino, tratou de desfazer as dúvidas a um quarto de hora do fim: um palmo de terreno na área, um golo. Quanta singeleza... Quanto talento.

A verdade é que com dois golos de desvantagem o Paços não deu o jogo por perdido. Acabaria por reduzir por Marco Baixinho, aos 90’, já sem tempo para um forcing final num jogo em que os castores acabariam por ter mais do dobro dos remates do Sporting (19-8), porém, metade dos golos. Valeu essa conta preciosa para os leões encontrarem na Mata Real um atalho para o triunfo, que lhes permite em vésperas do FC Porto-Benfica poderem perseguir mais de perto o líder e espreitarem o topo da tabela ali ao alcance de um clássico.