Declarações de Pepa, treinador do Paços de Ferreira, na sala de imprensa do Estádio Capital do Móvel, após o triunfo (3-0) frente ao Moreirense:

«Acima de tudo a chave do jogo esteve em perceber o jogo. Tivemos critério no último terço, procura constante da baliza adversário mesmo tendo havido a reação normal do Moreirense na segunda parte. Podíamos ter gerido melhor com bola, mas a verdade é que as melhores oportunidades foram nossas. Soubemos gerir bem a bola, sair da pressão na primeira parte. O jogo nem sempre corre no sentido que percebemos, temos é de perceber o que o jogo pede e nesse aspeto fomos fantásticos. Soubemos agarrar-nos com tudo ao resultado e ao jogo. Foi uma exibição a roçar a perfeição».

[Margem para evoluir ou a laranja está espremida?] «Esta laranja parece uma abóbora, uma laranja grande. Os jogadores nunca estão satisfeitos, querem sempre mais e mais. Entram em cada jogo como se fosse o último. Somos uma equipa que há dois anos subiu, e é desgastante jogar sempre para ganhar. Mas pressão não existe, é preferível olhar para a frente, reformular objetivos, é uma alegria enorme para o clube e para os jogadores, saímos todos valorizados. Jogar à Paços é isto, com bola, sem bola».

[Conversa e abraços a Bruno Costa no final] «Deve-se ao compromisso que o Bruno tem. O Bruno era mais conhecido com bola, um jogador de critério. Está muito mais completo, agressivo, e é isso que a equipa precisa».

[Roda no final do jogo a que se deveu?] «Houve o compromisso que existe entre jogadores, equipa técnica, direção e clube. O compromisso entre todos nós de assumirmos, olhar para o que a classificação nos diz e reformular as coisas. Se é possível lutarmos pelas competições europeias, que saia daqui em primeira mão pela nossa boca. Trabalhámos muito para ficar na primeira, para ficar na primeira metade da tabela, naquela roda assumimos uma ambição que não é desmedida. Se não conseguirmos estamos cá, mas vamos tentar. Não seremos os piores do mundo se não conseguirmos, mas vamos morrer a tentar».