Pepa, treinador do P. Ferreira, em declarações na sala de imprensa do Estádio Capital do Móvel, após a vitória por 2-1 frente ao Desp. Aves, em jogo da 6.ª jornada da Liga:

«"Era um sofrimento muito grande que estava aqui escondido. Sempre disse que quem trabalha e sente o clube desta forma, e depois de um ano com dinâmica de vitória, era preciso isto. Não a todo o custo, mas com muito rigor, cabeça e organização. Era importante libertar a tensão para o plantel mostrar a muita qualidade que tem. A comunhão que houve entre todos durante o jogo foi bonita. Os jogadores puxaram pelos adeptos e os adeptos pela equipa. Todos juntos conseguimos fazer coisas bonitas.»

Sofremos um golo no primeiro remate do Desp. Aves à nossa baliza. É preciso muita alma para virar um resultado adverso. Só assim vamos conseguir ganhar mais vezes.»

«A partir da meia hora não conseguimos jogar por entro e estávamos a perder várias vezes a bola. O Desp. Aves estava muito baixo. O jogo pedia mais largura ainda para mais jogando com dois pontas de lança. Era preciso abrir a defesa contrária. Os laterais podiam receber a bola à frente da linha do meio-campo e potenciar situações de cruzamento. Pelo contrário, nós afunilámos o jogo e deixámos o Desp. Aves sair em transição.

Na segunda parte melhorámos muito. Mais que a agressividade, que esteve sempre presente, melhorámos o posicionamento. Ganhámos mais vezes a primeira bola, pelo Diaby e pelo Luiz Carlos, e conseguimos tirar mais cruzamentos. O Welthon e o Tanque por vezes atrapalharam-se, mas tivemos situações de finalização dentro da área. Empatámos e a partir daí... o jogo esteve parado em demasia. Queríamos dar andamento, andamento, andamento...»

«Jogar à Paços não tem sistema. Jogar à Paços é como jogámos na segunda parte. Depois jogar com um ou dois avançados depende da estratégia para o jogo, do momento e das características dos jogadores. Sinceramente, o mais importante são os princípios que temos de ter. Mais que o sistema, temos é de jogar com esta alma. A partir daí as vitórias vão surgir.»