Pepa, treinador do Paços de Ferreira, em declarações an sala de imprensa do estádio Capital do Móvel, após o empate frente ao Marítimo (1-1), no jogo inaugural da 32.ª jornada da Liga:

«O empate sabe a pouco por tudo o que fizemos. A segunda parte foi boa, mas fizemos uma primeira parte a roçar a excelência. Tivemos um enorme volume ofensivo e muitas oportunidades, faltou-nos apenas eficácia. Neste tipo de jogos, em que tens muita qualidade de jogo, às vezes um pequeno erro... Poderíamos ter encurtado no lance do cruzamento que dá o golo. Mas pronto, há que dar mérito a quem marcou. 

Na segunda parte o Marítimo ficou confortável e baixou as linhas. É sempre perigoso porque num momento de transição pode colocar a outra equipa em sentido. Tivemos duas oportunidades para fazer o 2-1. Não conseguimos vencer, mas fica mais um grande jogo do Paços. Merecíamos mais na primeira parte. Na segunda parte estivemos por cima, mas não tivemos o mesmo caudal ofensivo. Sentimos sempre o Marítimo confortável e com capacidade para explorar situações de contra-golpe. 

O golo? É sempre duro para uma equipa que está tão por cima como estávamos. Nos últimos cinco minutos, levámos um soco tremendo. Voltámos a entrar bem na segunda parte, mas sentimos que uma equipa que tem as linhas baixas, fica sempre com espaço para atacar a profundidade. Isso cria desconforto em quem está a tomar conta do jogo. Os equilíbrios têm de ser mais fortes. É natural haver erros de passe numa ou outra situação.

Parece que perdemos o jogo. É sinal que estivemos por cima e que tivemos mais oportunidades. Esta frustração é sinal que fizemos muito e bem para ganhar o jogo. Queremos continuar nesta linha de qualidade de jogo. 

Quinto lugar garantido? Queríamos resolver hoje. Tudo fizemos para ganhar, mas não conseguimos. Agora vamos recuperar bem e pensar no próximo jogo. Dependemos exclusivamente de nós. A marca dos 50 pontos? É um número bonito. São muitos pontos. Faltam seis e agora temos mais uma final com o Gil pela frente. Queremos selar o quinto lugar e acredito cegamente que o vamos conseguir.»