Uma verdadeira nulidade, o empate entre o Portimonense e o Paços de Ferreira. A primeira parte foi muito, muito pobre, e só por uma vez uma baliza foi visada, por Dener, logo aos três minutos. O Portimonense pressionou no final, e aí surgiram algumas oportunidades que poderiam ter dado a vitória aos algarvios. No final o empate foi muito festejado pelos visitantes e os da casa saíram debaixo de assobios e de uma tarja a dizer que «para estar na primeira não basta querer, é preciso merecer».

Depois de falhar o jogo da última jornada devido a questões relacionadas com a sua inscrição, Jackson Martinez regressou ao onze do Portimonense, entrando para o lugar do lesionado Lucas Fernandes. Esta foi a única novidade na equipa algarvia em relação ao empate (1-1) com o Boavista, no Bessa. Bruno Costa, contratado ao FC Porto nesta semana, começou o jogo no banco de suplentes, mas entrou após o intervalo para o lugar de Fernando, que antes do jogo efetuou testes para ver se estava apto.

Como tem sido recorrente nos últimos jogos, o Portimonense apresentou-se em 5x4x1, que desdobrava-se para 3x5x2 em situação de ataque, com os extremos, Marlos Moreno ou Aylton, à vez, a encostarem-se a Jackson Martinez, e os laterais (Hackman e Henrique) a subirem.

Por questões físicas e também por opção, Pepa efetuou quatro alterações no onze inicial: Oleg, Pedrinho, Diogo Almeida e o estreante Eustáquio, renderam Bruno Teles e Murilo, que começaram no banco entrando na segunda parte, e Luiz Carlos e Douglas Tanque, que estão lesionados.

Em relação ao posicionamento em campo, Pepa esquematizou o Paços de Ferreira num 4x2x3x1, que em dinâmicas de ataque transformava-se em 4x4x2, com Hélder Ferreira a juntar-se a Diogo Almeida, entre os centrais algarvios.

A necessidade de pontos tolheu as duas equipas e isso teve reflexo no jogo, muito pobre, e com a bola sempre distante das balizas, principalmente na primeira metade, melhorando neste aspeto nos últimos minutos, quando o Portimonense pressionou em busca da vitória, que não foi conseguida.

Em oportunidades de golo a primeira parte resume-se a um cabeceamento de Dener, logo aos três minutos, na sequência de um livre apontado por Henrique, com a bola a passar a rasar o poste direito da baliza defendida por Ricardo Ribeiro.

No resto do tempo as duas equipas anularam-se uma à outra, não existindo vontade de arriscar, preferindo esperar pelo erro. Que esteve quase a acontecer, aos 40 minutos, quando Maracás perdeu a bola para Marlos Moreno, que ganhou a bola e entrou na área, mas com o central a recuperar e a importunar o colombiano no momento do remate, com a bola a sair ao lado. Um lance muito contestado pelos algarvios, e, pareceu-nos, com razão, porque o extremo pareceu mesmo ter sido empurrado pelo central brasileiro do Paços de Ferreira.

E a primeira metade terminou, sem que os dois guarda-redes tenham efetuado qualquer defesa...

Bruno Costa, reforço do Portimonense contratado nesta semana ao FC Porto, entrou no início da segunda-parte, e António Folha passou para 4x2x3x1, com o ex-dragão a atuar ao lado de Pedro Sá, mas com mais liberdade para subir. Em ataque, Dener surgia mais próximo de Jackson Martinez, num claro 4x4x2. Com esta substituição e alteração nas dinâmicas da equipa, Folha mostrava que queria mais...

No entanto, e apesar do Portimonense tentar esticar mais ofensivamente, nada se modificou em relação à qualidade do jogo, que continuou a primar pela ausência de reais jogadas de perigo para as duas balizas. Foi preciso esperar até ao minuto 60 para existir alguma emoção, quando Jackson Martinez cabeceou por cima da baliza, na sequência de canto, respondendo três minutos depois o Paços, pela mesma forma, num cabeceamento de Bruno Santos que passou muito ao lado da baliza defendida por Ricardo Ferreira.

Só de bola parada é que as balizas eram visadas, e, aos 70 (finalmente!) houve oportunidade de um guarda-redes intervir, embora de forma tímida. No caso, Ricardo Ribeiro, que não teve dificuldade em agarrar um cabeceamento de Dener, na sequência de um livre.

O Portimonense esteve próximo do golo aos 77 minutos, numa transição rápida, com Jackson Martinez a deixar Aylton Boa Morte em posição privilegiada para marcar, só que o extremo não percebeu e não conseguiu enquadrar-se com o lance. Aylton voltou a estar em destaque cinco minutos depois, desviando com perigo um cruzamento de Henrique, só que a bola não levou a melhor direção. E, como não há duas sem três, aos 85 minutos Aylton voltou a falhar, agora sem oposição na esquerda, com o remate cruzado a ser desviado para canto, com a bola a passar muito rente à base do poste esquerdo.

O Portimonense pressionou até final, mas sem resultados práticos, mantendo-se o nulo, mais do agrado dos castores...