Não perguntem mais se o Sporting é candidato.

Vejam-no jogar.

É que quando se pergunta, a resposta parece sempre igual.

E quando se vê, fica claro. Deixa de ser preciso questionar.

Diante do P. Ferreira, mais uma prova. Clarinha que nem água.

Ruben Amorim conseguiu montar uma equipa que parece a receita perfeita para o sucesso: uma boa dose de irreverência – daquela que faz querer ganhar sempre, dê lá por onde der; e maturidade qb para não desesperar quando os caminhos para a vitória parecem complicar.

Perante um competentíssimo P. Ferreira, que chegava a Alvalade com a possibilidade de igualar o Benfica no quarto lugar, o Sporting não começou por ter a vida facilitada.

Pepa montou uma teia que atou o futebol dos leões durante 20 minutos. Mas depois um filamento quebrou. Rebocho deixou Pedro Gonçalves receber na área, ficou nas costas do médio do Sporting e na tentativa de lhe roubar a bola, derrubou-o.

Com um dos mais experientes na marca de penálti, o leão não desperdiçou, e de presa passou ao ataque, ferindo o rival com um golo de João Mário.

Depois, veio a maturidade. A experiência de uma equipa feita à base de miúdos.

O Sporting baixou o ritmo do jogo, e mesmo com o Paços a subir as linhas e a pressionar mais alto, não tremeu.

Para melhorar o cenário verde e branco, o 2-0 surgiu logo a abrir a segunda parte por Palhinha: o nome mais falado durante a semana e o melhor em campo em Alvalade.

E enfim, as contas.

Os dez pontos de vantagem para o FC Porto, segundo classificado. Os onze pontos para o Sp. Braga, terceiro classificado. E os 13 pontos para o Benfica, que segue no quarto posto. Contas claras mesmo para quem não é lá muito bom a matemática.

Vale a pena continuar a perguntar se o Sporting é candidato?

É óbvio que o Sporting não é apenas candidato ao título. É ‘o’ candidato.