Ao contrário do que a contestação chegou a perspetivar, a liderança de Pedro Proença não esteve em jogo na Assembleia Geral da Liga realizada nesta segunda-feira.

O presidente da Liga viu aprovados os pontos em discussão e lançou para debate um novo modelo de governação que pretende implementar, e que, caso seja aprovado em Assembleia Geral, vai levar à marcação de eleições.

Para já não se sabe se Proença avançará para novo mandato, mas por agora continua na liderança da Liga, ainda que o presidente do Benfica tenha reafirmado as razões das recentes divergências.

«De maneira alguma a posição do presidente foi colocada em causa. O que foi discutido é se este modelo faz ou não sentido», referiu a diretora executiva da Liga após a Assembleia Geral.

Sónia Carneiro garantiu mesmo que a direção liderada por Pedro Proença ouviu elogios na reunião.

«Ninguém está acima da crítica e todos nós crescemos muito nestes meses. Algumas decisões não agradaram a toda a gente, mas na sua grande maioria foram aprovadas em Assembleia Geral, independente de um ou outro clube discordar de alguma decisão», acrescentou.

Sónia Carneiro explicou ainda que o novo modelo de governação, lançado para debate por Pedro Proença, mas que já tinha sido apresentado em Cimeira de Presidentes, há dois anos, prevê «uma direção executiva e um presidente profissionais, sem os clubes na direção».

«O poder fica numa comissão executiva e num presidente, que ficam com poderes reforçados, e depois têm de prestar contas num conselho de presidentes», acrescentou.

A finalizar, a diretora executiva da Liga revelou ainda que os clubes foram informados de um acordo com a Câmara Municipal do Porto para aumentar a sede do organismo, que para a reunião desta segunda-feira até teve de requisitar as instalações da Ordem dos Contabilistas Certificados.