O treinador do Boavista, Petit, assumiu este sábado que é importante que o clube mantenha as figuras do plantel até ao final do mercado, no lançamento do duelo ante o Casa Pia, no Bessa, da 3.ª jornada da I Liga.
«Tenho falado com o presidente [Vítor Murta] que não podemos perder ninguém. Hoje, até estamos bem, mas o campeonato é longo, há ciclos positivos e negativos e há que reunir um grupo forte, que saiba ultrapassar as dificuldades que enfrentamos. As equipas não conseguem manter sempre um nível alto. Por isso, esperamos que o mercado feche e se possa continuar com os que cá estão», salientou o técnico, em conferência de imprensa.
O Boavista começou a I Liga com duas vitórias e está com seis pontos no topo da tabela, em igualdade pontual com Sporting, FC Porto e V. Guimarães, tendo mesmo a melhor diferença de golos (7-3 no saldo). Porém, continua impedido pela FIFA de registar novos jogadores, numa altura em que restam seis dias para o final da janela de transferências.
«Cobiça de outros clubes? Uma coisa é boa: é sinal que trabalhamos e que os jogadores vão evoluindo. Eu tenho de fazer o meu trabalho e ter a consciência tranquila. Tenho as minhas dificuldades em dormir, porque gostaria de ter um plantel ainda mais competitivo, mas este grupo é forte, dá-me alegria de levantar e de vir trabalhar com eles», observou, face às propostas em torno de Bruno Onyemaechi, Sebastián Pérez ou Gaius Makouta.
Sobre o Casa Pia, nota que já é um «opositor» conhecido «da época passada», mas com mudanças num ou outro «pormenor na forma de defender» «Será um duelo equilibrado, mas queremos entrar fortes, ter bola e criar situações para darmos continuidade a um bom início. Agora, temos de manter os pés bem assentes na terra, porque só ganhámos dois jogos», frisou.
Para este jogo, Petit volta a contar com Bruno Lourenço, que esteve suspenso na goleada alcançada no terreno do Portimonense (4-1), tendo já visto o uruguaio Rodrigo Abascal e o francês Vincent Sasso, ambos defesas centrais, debelarem lesões e voltarem recentemente aos treinos. «Desde que cheguei ao Boavista, nunca me agarrei às dificuldades, mas procurei arranjar soluções. O que podemos controlar é o grupo. Muitas vezes, não podemos olhar apenas para a parte de campo, mas também para o balneário. Fui jogador e pensava um pouco como eles pensam. Sou um treinador comunicativo e gosto de saber o que se passa com cada um deles para os ajudar. O nosso sucesso é a união na dificuldade. Com um grupo forte e coeso, vamos superando isso e temos dado boas respostas”, concluiu.
O Boavista-Casa Pia tem início agendado para as 15h30 de domingo e arbitragem de Bruno Costa, da AF Viana do Castelo.