Figura: Pizzi

Voltou a ser o homem da batuta do Benfica. O internacional português viveu em liberdade entre a direita e o corredor central e foi capaz de encontrar linhas de passe onde estas pareciam não existir, além de ter mostrado bom entendimento com Gilberto. Pizzi marcou o primeiro golo da partida e esteve em alta rotação. O melhor período do Benfica no jogo tem marca do seu capitão. 


Positivo: Lucas Veríssimo

Dois meses depois, o internacional brasileiro voltou à competição. E quem diria que o defesa esteve um par de meses lesionado. Sadiq não facilitou a vida a Lucas Veríssimo que, após duas entradas mais duras, conseguiu suster o melhor jogador do Almería. O canarinho exibiu grande qualidade na saída de bola, conseguindo sempre encontrar os colegas que estavam em melhor posição para dar continuidade ao ataque. Será difícil não ser titular indiscutível esta temporada.

Outros destaques:

Rodrigo Pinho: foi titular com Gonçalo Ramos na frente do ataque, mas o entrosamento entre ambos esteve longe de ser o ideal. O brasileiro fixou-se mais no ataque e apenas por uma vez teve hipótese de tentar o golo, mas Fernando opôs-se com qualidade. Apesar do Benfica ter tido muita bola, Pinho foi pouco solicitado e terá, por isso, por aguardar por novas oportunidades.

Sadiq: foi uma ilha no meio da organização defensiva encarnada. Quase sempre só no ataque, o nigeriano não deu uma bola por perdida e tentou ora em condução, ora a jogar de costas, aproximar o Almería da baliza de Vlachodimos.

Gonçalo Ramos: apesar de ter estado ligeiramente melhor que o colega de ataque Rodrigo Pinho, o internacional sub-21 português não fez um jogo de encher o olho. O avançado caiu várias vezes nas linhas e procurou várias vezes atacar a profundidade, mas nem sempre foi servido nas melhores condições. Ainda assim, Gonçalo Ramos poderia ter feito o gosto ao pé, mas falhou na cara de Fernando. Importante na forma como ganhou o penálti que permitiu a Pizzi abrir o marcador. 

Juan Villar: uma dor de cabeça para a dupla de centrais Ferro e Florentino. O experiente avançado provou que controla o espaço como ninguém na área: sabe como se desmarcar, onde a bola vai cair, enfim. Depois de um golo anulado pelo VAR, Villar marcou o golo de honra do Almería no Seixal e merece, por isso, a menção. 


Paulo Bernardo: quando se tem qualidade, pode-se jogar em qualquer posição. O médio voltou a ser usado por Jesus como alternativa a Gilberto e foi... um dos melhores do Benfica na segunda parte. Paulo Bernardo somou incursões pela direita, boas decisões e foi protagonista de uma bela jogada individual que por pouco não resultou em golo. Além disso, esteve irrepreensível em termos defensivos. O Benfica não ganhou um lateral-direito, mas voltou a saber que tem um jogador de qualidade.


Waldschmidt: o alemão começou a segunda parte na esquerda e acabou no ataque perto de Vinícius. É certo que Waldschmidt subiu de produção quando jogou no meio, mas foi a partir do corredor que marcou 2-0 num lance iniciado e concluído por si. Foi um dos que fez por agarrar a oportunidade.