O regresso do futebol em Portugal ainda em pleno cenário de pandemia obrigará à adoção de hábitos diferentes e a Polícia de Segurança Pública não será exceção.

Pedro Grilo, chefe da Divisão de Policiamento e Ordem Pública da Polícia de Segurança Pública (PSP), considerou que as operações em torno dos últimos 90 da Liga serão mais abrangentes do que o habitual. «Isto é muito mais amplo do que o policiamento desportivo», destacou em declarações à agência Lusa.

O regresso do futebol vai decorrer sem público nas bancadas, mas será necessária atenção redobrada ao exterior dos estádios, às aglomerações de pessoas em estabelecimentos comerciais à hora dos jogos e também aos centros de estágios, locais de treinos e hotéis dos quais as equipas partirão para os locais dos jogos.

«O objetivo do policiamento vai ser o controlo de acessos, não permitir que haja ajuntamentos no perímetro exterior do recinto e que a chegada dos jogadores ao estádio seja feita em segurança para que não haja essas concentrações, que são contrárias à legislação em vigor», referiu Pedro Grilo, acrescentando que vão ser alargados os perímetros de segurança em torno dos recintos.

A PSP pretende assim evitar eventuais excessos por parte de adeptos que possam querer apoiar as respetivas equipas do exterior dos recintos. Nesse sentido, os habituais locais de concentração dos grupos organizados também continuará a ser alvo de atenção.

«Num evento desportivo há uma concentração de meios policiais num único local, que é o estádio, contando ainda com os trajetos das equipas e dos árbitros. Agora vai haver uma desconcentração», frisou o subintendente Pedro Grilo, referindo que o policiamento vai manter-se no interior dos estádios, mas com um número mais reduzido de agentes.