Conhece a história de um clube que, em três anos, passou do Campeonato de Portugal para o 5º lugar da Primeira Liga?

E que, na derradeira jornada dessa Liga, três épocas volvidas, carimbou a presença na 3ª pré-eliminatória da Liga Conferência, ultrapassando o Vitória de Guimarães?

Se não sabe de que clube falo, digo-lhe já: é o Arouca, que venceu o Portimonense e carimbou o fim de uma temporada memorável.

O jogo, que começou equilibrado e sem grandes chances de golo, teve o seu primeiro grande motivo de interesse a quase 600 quilómetros de distância.

Corria o minuto 8 quando o FC Porto marcou ao Vitória e deu ainda mais alento à esperança do Arouca de conseguir chegar ao 5º lugar.

Só que, em Portimão, pouco se via.

Ao minuto 17, David Simão testou a atenção de Nakamura; dez minutos depois foi Alan Ruiz, mas, em ambos os casos, os remates foram defendidos pelo guarda-redes dos algarvios.

É certo que, ao longo do primeiro tempo, houve sempre mais Arouca: insuficiente, ainda assim, para quem ainda aspirava a chegar ao quinto posto do campeonato.

E no Dragão, aos tais 600 quilómetros de distância, já havia 3-0 para o FC Porto ao intervalo...

Na segunda parte a história foi outra. O Arouca entrou com vontade e marcou logo a abrir.

Ao minuto 48, Alan Ruiz – um dos melhores da equipa de Armando Evangelista – fez um grande passe a isolar Antony que, na cara de Nakamura, não falhou.

E o segundo não tardou: após um canto, a bola sobrou para Alan Ruiz que, dentro da área, rematou de pé esquerdo para o fundo das redes (50m). O esférico ainda desviou em Park, defesa central do Portimonense, antes de entrar.

Com a vantagem alcançada, os arouquenses limitaram-se a gerir o jogo.

Paulo Sérgio ainda lançou nomes como Bruno Reis, Klismahn e Rochez, que até teve uma boa chance para reduzir, aos 61, mas Arruabarrena defendeu o remate do ponta de lança.

A partida chegou ao final sem mais alterações no marcador e com os adeptos do Arouca em festa.

«Quinto lugar, allez», gritavam.