A máquina ainda está meio emperrada e aquele Sporting dominador da época passada não se mostrou no primeiro dos quatro testes que os leões vão realizar na Suíça até ao próximo dia 18.

Difícil era que isso acontecesse. Com duas semanas de treino, menos quilometragem do que o Mónaco (já está no segundo mini-estágio na Suíça) e com os quatro campeões europeus ainda de fora.

Mas o jogo frente à equipa de Leonardo Jardim deixou uma certeza: a de que os leões estão longe da fórmula perfeita para 2016/17.

Se no ataque ainda é possível ver, ainda que com peças diferentes, algumas pinceladas do velho Sporting envolvente do ano passado, na defesa ainda há muitas afinações a fazer ainda que as peças (Schelotto, Coates, Semedo e Zeegelaar) não tenham variado assim tanto. Foi por aí que os leões começaram a desabar diante dos monegascos. Pesados, descoordenados e desconcentrados: a antítese de 2015/16.

O Mónaco adiantou-se no marcador aos 12 minutos por Valère Germain, que deu o melhor seguimento a um cruzamento da esquerda. Foi a primeira jogada de perigo criada pela equipa de Leonardo Jardim, que ia sentindo algumas dificuldades para solucionar os problemas que Matheus, Gelson e, essencialmente, Daniel Podence iam criando. Este último foi sempre o elemento mais irrequieto do ataque leonino, com algumas arrancadas perigosas.

O Sporting soube reagir ao golo e empatou aos 21. Lançado por Hernán Barcos, Podence ultrapassou a defesa monegasca em velocidade e fez a igualdade que durou apenas dois minutos.

Logo a seguir, os leões voltaram a evidenciar fragilidades defensivas, após um canto batido da esquerda. Esquecido por Rúben Semedo, Falcao encostou na zona da pequena área para recolocar os monegascos na frente do marcador.

Dos reforços da pré-epoca que Jesus levou para a Suíça (Petrovic, Alan Ruiz e Spalvis), só o primeiro esteve em campo neste primeiro teste. Exibição discreta do internacional sérvio, que pareceu sempre pouco à vontade e muito sozinho no meio campo dos leões.

Foi também esse um dos grandes problemas do Sporting no primeiro teste da pré-época. A falta de gente no miolo do terreno e de alguém capaz de ligar setores.

Como começou o Sporting: Azbe Jug; Schelotto, Coates, Semedo e Marvin; Petrovic, Bryan Ruiz, Gelson, Matheus; Podence e Barcos;

Se as diferenças entre os dois conjuntos ao nível da condição física já eram notórias, mais acentuadas ficaram na etapa complementar, com vários jogadores leoninos a acusarem o desgaste provocado pelos treinos intensos, mas também por um relvado que, por causa da chuva intensa, ficava cada vez mais pesado.

Aos 66 minutos Jesus fez cinco substituições. Lançou Iuri Medeiros, João Palhinha, Bruno César, Teo Gutiérrez e Islam Slimani para os lugares de Matheus, Petrovic, Gelson, Podence e Barcos, mas o melhor que os leões conseguiram foi uma combinação entre Slimani e Teo, concluída com um remate ao lado do colombiano já perto do final da partida.

Nessa altura o Mónaco já vencia por 4-1. Aos 67’, Falcao aproveitou o espaço entre a dupla de centrais e a falta de pressão do meio campo do Sporting para bater Azbe Jug pela terceira vez. O 4-1 chegou aos 82’, pouco depois da entrada em jogo de Bernardo Silva: marcou Guido Carrillo.

Como terminou o Sporting: Azbe Jug; Schelotto, Coates, Semedo e Jefferson; Palhinha, Iuri Medeiros, Aquilani e Bruno César; Slimani e Teo Gutiérrez;

O Mónaco, que começou o jogo sem portugueses, terminou-o com dois: Bernardo Silva e Ivan Cavaleiro, que esteve perto do quinto numa cabeçada defendida por Azbe Jug para canto.

Nota negativa no primeiro teste do leão, diante de um adversário que está numa fase mais avançada da pré-época, por força da participação na pré-eliminatória da Liga dos Campeões ainda neste mês.

Esta quinta-feira há novo teste, frente ao Stade Nyonnais.