Ricardo Nascimento será uma das caras novas da Académica na próxima época, e está de regresso à Liga principal, um dos objetivos do central, depois de uma boa época (45 jogos e três golos) no Moreirense.

Na primeira entrevista à comunicação social portuguesa enquanto jogador da Briosa, o central não esconde que queira voltar ao maiores palcos do futebol português e afirma-se pronto para corresponder às expetativas nele depositadas.

«Essa era minha vontade, voltar à I Liga [esteve no Portimonense em 2010/11], e estou preparado para encarar esse novo desafio. Estou vivendo um grande momento, sou um jogador mais maduro», refere, em declarações ao Maisfutebol, ciente de que, agora, estará num patamar completamente diferente:

«A II Liga é mais difícil de jogar porque o jogo é mais pegado, na I Liga os campos são melhores. Particularmente, acho a II Liga mais difícil por esse aspeto. A primeira é mais técnica e, sem dúvida, melhor de jogar, a segunda é mais na força, um futebol mais físico.»

A Briosa não esteve sozinha na corrida pelo profícuo central. No entanto, Nascimento deu prioridade à formação de Coimbra e explicou por quê:

«A Think Ball, através do meu empresário Marcelo Robalinho, passou-me algumas propostas de fora de Portugal, mas preferi a Académica porque estou acostumado ao campeonato português e porque tive boas referências do clube.»

Entre os conselheiros, esteve Rui Miguel, ex-jogador dos estudantes: «Deu-me boas informações. É um clube bem estruturado, com adeptos apaixonados, numa cidade boa para se viver e um clube muito bom para jogar. O idioma também ajuda, se compararmos ao Chipre e Polónia. Além do mais, a I Liga tem muita visibilidade e um peso importante na Europa e no mundo do futebol. Já conheço bem o futebol português e estou bem adaptado ao país também.»

Além de tudo o que ouviu sobre a Briosa, Nascimento também já tinha a sua própria ideia. «Sei que o clube tem uma historia rica, está há um bom tempo na I Liga, os adeptos são fanáticos, gostam muito e apoiam o clube. Estou muito feliz com a possibilidade de defender a Académica nas próximas épocas. Vou dar meu máximo e honrar essa camisola», prometeu.

«O interesse deve ter surgido no decorrer do campeonato que eu fiz, uma boa época para mim. A inda não conheço  o treinador que me pediu, mas acredito que ele tenha gostado do meu trabalho. Será uma honra ser comandado por ele no Académica», acrescentou.

Apreciador do Thiago Silva

Aos 27 anos, Ricardo Nascimento acredita ter ainda muito para dar e mostra ambição logo nos primeiros passos de novo no escalão principal. Voos (ainda) mais altos podem esperar...

«Quero ajudar muito a Académica e sei que se eu fizer uma boa época terei novas possibilidades, mas o meu foco neste momento é apenas a minha nova equipa. Chegar, adaptar-me aos novos companheiros, e conquistar os objetivos da equipa. A Académica tem uma boa visibilidade, portanto depende apenas de mim aproveitar esta oportunidade.»

O brasileiro impressiona pela estatura (1, 91 m, 80 quilos), mas não é apenas forte no jogo aéreo. Eis um resumo, pela boca do próprio, daquilo que terá convencido Paulo Sérgio: «O meu ídolo é o Ronaldo, o Fenómeno, mas, em termos de centrais, é o Thiago Silva. Defino-me como um jogador técnico, que bate bem na bola, e tem um bom jogo aéreo. Também sou rápido, tenho velocidade, apesar da estatura.»

Agora, é começar a trabalhar, lutar por um lugar no onze, e fazer o que melhor sabe. «Estou ansioso, sem dúvida. Não vejo a hora de conhecer os colegas, o treinador, e viver esse novo desafio. Estou ansioso, determinado e muito focado, não vejo a hora de me apresentar», confessou, elogiando os colegas de setor, João Real, Capela e Elton:

«Sei que são jogadores de muita qualidade. A disputa pela vaga de titular será muito sadia e boa para todos nós, principalmente para a equipa, que só tem a melhorar e a crescer com jogadores de alto nível no plantel. Venho determinado a jogar o meu melhor e contribuir com a nossa equiae da melhor forma possível.»