Além dos empréstimos bancário e obrigacionista, o FC Porto apresenta, no relatório e contas consolidado do 3.º trimestre, mais dois credores. Trata-se da Doyen Sports e da Pearl Design, fundos de investimento, a quem os dragões ainda devem mais de 7,4 milhões.
A dívida à Pearl Design ultrapassa os 2 milhões de euros e refere-se a parte dos direitos económicos do jogador Walter, contratado em 2010 pelos dragões. Num contrato que envolveu a «cedência de parte dos direitos económicos, em regime de associação económica, de 25% dos por 2.125.000 Euros», explica o documento enviado pelo FC Porto à CMVM.
À Doyen, o FC Porto deve 1,2 milhões por causa da colaboração do fundo no negócio de Brahimi. O contrato com a Doyen data de julho de 2014 e a dívida ascendia aos 5 milhões, mas previa «opções de recompra por parte da FCP, SAD de até 55% dos direitos económicos até junho de 2017, e opções de venda de até 80% dos direitos económicos por parte da Doyen até setembro de 2017». Na época passada, a SAD portista «exerceu duas opções de compra correspondentes a 30% dos direitos económicos do jogador por 3.800.000 euros, tendo este montante sido deduzido ao passivo».
O documento frisa então que «as percentagens referidas relativas às percentagens detidas dos passes dos jogadores consideram a partilha com aquelas entidades [Doyen Sports e Pearl Design] do valor resultante de alienações futuras dos passes dos jogadores Walter e Brahimi».
O valor da dívida ascende aos 7,4 milhões, já que aos 3,3 milhões iniciais somam-se 4,1 de juros.
Da lista de credores saiu, em relação a junho de 2015, o nome da For Gool Co Ltd. «Em 24 Fevereiro de 2015, foi obtido um financiamento de 5.000.000 Euros da For Gool Co Ltd vencível até 30 de Setembro de 2015 e cuja taxa de juro é variável em função do preço e condições de uma potencial futura alienação dos direitos económicos do jogador Herrera», escreveu o FC Porto no relatório e contas consolidado do 3.º trimestre da época passada.
O financiamento vencia «até 30 de setembro de 2015, tendo, à data, o mesmo sido liquidado», esclarece o documento agora apresentado pela SAD portista.
