Declarações do treinador do Farense, Jorge Costa, na sala de imprensa do Estádio Capital do Móvel, após a vitória por 2-0 frente ao Paços de Ferreira, em jogo da 28.ª jornada da I Liga:

«Vitória saborosa, importantíssima também. Honestamente, não é falsa modéstia, mas não me surpreendeu. Com isto, não quero tirar o valor e o mérito ao Paços, mas este jogo veio um bocadinho na senda dos últimos. Acho que nada foi diferente, tirando o resultado. Mas em todos os últimos três jogos jogámos bem, criámos oportunidades, jogámos de forma positiva, com volume de jogo mas com ineficácia e acho que hoje voltámos a não ser tão eficazes como devemos. É verdade que saímos com uma vitória saborosa, mas também podíamos ter resolvido o jogo de outra forma, e voltámos a criar oportunidades de golo claras que falhámos.»

«Acho que jogamos bem, fazemos tudo bem e no momento da decisão falta-nos alguma tranquilidade, que me parece claramente fruto da situação em que estamos na tabela. A equipa está bem, acredita no que pode e deve fazer. Temos uma luta difícil até ao fim, mas temos um caminho para chegar a um fim feliz. Sinto-me feliz porque há uma proposta e os jogadores acreditam e tentam-na pôr em prática.»

«Quando se olha para a tabela e para os últimos três jogos, manter os jogadores com esta crença, quase parece ridículo: “estamos no caminho certo mas não ganhamos a ninguém, temos de mudar”. Mas não, eles acreditam no trabalho diário, no que temos vindo a fazer. Eu tenho muitos anos de futebol e o que eu digo aos jogadores é o que sinto. Esta equipa do Farense vale muito mais do que o que a tabela demonstra. É uma equipa positiva, que tem qualidade, que joga. E não foi só hoje em Paços. Foi no jogo com o Sporting, em que nos batemos de igual para igual e, muitas vezes, estamos a ser penalizados por esta coragem que temos, mas é desta forma que iremos tentar até ao fim.»

[Lesão do Licá:] «Tendão, não será nada grave, espero eu. Já estamos limitados nesta fase e com algumas limitações físicas. Não consigo dizer, mas espero que não seja grave.»

[Apoio dos adeptos:] «Eu gostava era que eles pudessem ajudar e estes adeptos iriam ajudar fora e em casa. Não é surpresa. Eu fiz muitos jogos como jogador em Faro e senti na pele a dificuldade, porque é uma massa adepta fantástica. Tenho vindo a sentir e no último jogo em casa vi algo que quase me arrepiou, porque é uma massa adepta muito especial. São do Farense 100 por cento. Acho que por tudo - e esquecendo agora se a qualidade de jogo é boa ou não - por ser de uma região que gosto, por ter uma direção séria, ser cumpridor e pela massa adepta, eu sinto-me na obrigação de fazer tudo e mais alguma coisa para este clube ficar na I Liga, começando nos adeptos e acabando na história do clube, que merece todo o respeito e carinho.»