Segundo triunfo consecutivo do Marítimo na Liga. A equipa madeirense deu a volta ao marcador em Barcelos e venceu por duas bolas a uma, expondo uma vez mais as fragilidades do Gil Vicente. A equipa gilista até marcou primeiro, com muito pragmatismo, mas não resistiu à supremacia maritimista que foi sempre mais equipa em busca de um resultado positivo.

O triunfo chegou no segundo tempo, com a cambalhota no marcador a ser assinalada por Bauer e Maazou, mas já no primeiro tempo teve ocasiões claras para se adiantar no marcador. O tento do Gil Vicente mais não foi do que uma réstia de esperança para uma equipa que tem ainda um longo caminho a percorrer.

Depois do triunfo alcançado nos Barreiros diante da Académica, Leonel Pontes apresentou-se em Barcelos sem mexidas no seu onze, repetindo a equipa que conquistou o primeiro triunfo e consequentemente os primeiros pontos na Liga.

Por sua vez, João de Deus contínua em busca daquele que será o seu onze mais forte, estabilizando, para já, a defesa e o ataque, fazendo duas mexidas no meio campo. César Peixoto e Caetano entraram para os lugares de Hassan e Vítor Gonçalves.

Eficácia gilista contra o domínio insular

Sem a pressão imediata dos pontos e ainda numa fase da época em que a tabela classificativa ainda não aperta, Gil Vicente e Marítimo entraram em campo com espírito competitivo e em busca dos três pontos. Sem amarras, numa toada de parada e resposta, os guarda-redes Sali e Adriano Facchini viam a bola chegar perto das suas balizas com bastante frequência.

Sinal mais para o Marítimo que ia sendo mais incisivo nas suas movimentações ofensivas, obrigando mesmo o defesa Pek’s a fazer dois cortes em cima da linha de golo. Os insulares acumularam três lances perigosos no primeiro tempo, em que Danilo Pereira, Fransérgio e Dyego Sousa podiam ter feito Adriano ir ao fundo das redes.

O Gil Vicente, que em transições rápidas de quando em vez punha em sentido o último reduto insular, respondeu ao domínio insular com uma grande dose de eficácia. Aos 25 minutos o capitão César Peixoto foi rapidíssimo a colocar a bola em jogo na sequência de uma falta, a velocidade de Avto e a assertividade de Diogo Valente fizeram o resto. Vantagem pragmática do Gil ao intervalo.

Cambalhota no marcador a conferir justiça ao resultado

Leonel Pontes não se deixou intimidar pela postura do Gil e ao intervalo deixou Weeks no banco de suplentes, lançando o estreante Vidales para o segundo tempo. Com a chegada do certificado internacional, o extremo peruano foi aposta para a corrida maritimista atrás do prejuízo.

Apenas com três minutos decorridos na segunda metade, Fransérgio atirou a bola ao poste e deixou vincado aquilo que o Marítimo queria do encontro. Por isso, sem surpresas, ainda antes de cumprida uma hora de jogo o central Bauer reestabeleceu a igualdade numa jogada de insistência do ataque do Marítimo.

Adivinhava-se a cambalhota no marcador, o Marítimo instalou-se por completo no meio campo gilista e deu um valente pontapé no pragmatismo gilista. Maazou saiu do banco para carimbas o triunfo do Marítimo, dando assim a volta ao resultado, com um remate forte e colocado apenas dois minutos depois de entrar em jogo.

O Gil tentou reagir, ousou um fôlego final, mas sem força suficiente para abalar com a consistência do Marítimo. Triunfo justo e merecido do conjunto que viajou desde a ilha da Madeira até Barcelos. Foi sempre mais equipa e apenas o pragmatismo gilista no primeiro tempo, aliado à falta de pontaria maritimista pôs em causa o triunfo. Ainda não foi desta que o Gil venceu, averbando a terceira derrota em três jornadas. A equipa de João de Deus tem ainda muitas afinações a fazer.