O Boavista despediu-se este sábado da Liga 2018/19 com uma vitória por 1-0 ante o Marítimo, nos Barreiros. Obiora, aos 30 minutos, assinou o tento que deu os três pontos aos axadrezados, aproveitando aquela que foi praticamente a única grande que criou ao longo do encontro.

Sem nada a ganhar que não um lugar melhor na classificação ou uma despedida vitoriosa, as duas equipas iniciaram o jogo com algumas cautelas, sobretudo o Boavista, que se apresentou com um bloco recuado e compacto, claramente apostado na expetativa de aproveitar as transições rápidas para surpreender. Já o Marítimo, assumiu desde logo as despesas do jogo, procurando construir com princípio, meio e fim, sem descurar também o contragolpe.

FILME E FICHA DE JOGO

O primeiro remate da partida surgiu logo aos 3 minutos, por Nanu, mas o esférico saiu algo por cima da baliza de Assis. Passados cinco minutos, o jovem lateral-direito guineense, em nova incursão pelo seu corredor, ofereceu a Joel a primeira grande oportunidade de golo da partida, mas o avançado camaronês falhou clamorosamente em zona privilegiada, cabeceando para fora.

O conjunto insular começava a impor-se no jogo, mas coube ao Boavista, aos 19m, assinar o primeiro remate enquadrado do encontro. Valeu a habitual atenção de Charles, que desviou o remate de Yusupha para canto.

A partida entrou depois numa fase algo quezilenta, com a equipa de Lito Vidigal a subir as linhas e a pressionar com mais intensidade a primeira fase de construção dos madeirenses. A postura mais aguerrida dos axadrezados acabou por dar frutos mesmo em cima da meia hora, com Obiora, a passe de Perdigão, a abrir o marcador com um remate forte e colocado, desferido pouco antes da entrada da grande área, em zona frontal. Charles, que antes do jogo recebeu o prémio de melhor guarda-redes da Liga referente a abril, ainda se esticou, mas o esforço foi em vão.

O Marítimo passou a colocar mais intensidade e rapidez no seu jogo, mas tanto Joel, num par de ocasiões (numa delas obrigou Assis a assinar a defesa da tarde), como Getterson, não conseguiram lograr o empate, que seria o resultado mais justo quando chegou o intervalo.

Petit aproveitou o descanso para trocar Joel por Rodrigo Pinho, aparentemente por opção. Lito Vidigal manteve tudo na mesma, embora com indicações para a equipa gerir o resultado.

Getterson, aos 49m, após uma boa rotação, entrou na área mas só conseguiu rematar muito perto do poste direito da baliza de Assis. O Marítimo queria reentrar na discussão do resultado, mas o Boavista, muito pragmático, fechado, e sem grandes pressas, o que irritou o conjunto insular e as bancadas.

Ante um bloco compacto e recuado, a equipa de Petit viu-se obrigada rematar logo que tinha oportunidade para tal. China, aos 62m, atirou do meio a rua, obrigando Assis a uma grande defesa. Nove minutos depois, Rodrigo Pinho procurou resolver sozinho entre vários defesas e, à entrada da grande área, rematou com estrondo à barra da baliza axadrezada.

O Boavista limitava-se a defender espreitando o contra-ataque, mas em claro modo de gestão. Getterson também tentou a meia distância, aos 75m, mas o remate de belo efeito apenas levou perigo.

Carraça, aos 90m, na cobrança de um livre direto a mais de 30 metros da baliza de Charles, assinou o último momento de grande perigo da partida que acabou com um resultado injusto para o Marítimo, uma vez que foi a equipa que mais fez para vencer o jogo.