O Nacional procurava a primeira vitória caseira no campeonato, depois de três empates, com Boavista, Belenenses e P. Ferreira e a primeira grande oportunidade apareceu aos 14 minutos, num livre batido por Brayan Riascos, ao qual Denis respondeu ao desviar a bola com um ligeiro toque. Quatro minutos depois, a reação do Gil Vicente, com um remate frouxo de Lucas Mineiro, para defesa segura de Daniel Guimarães.

Apesar do início pouco intenso, o Gil Vicente conquistou um penálti, por falta de Camacho sobre Leautey, aos 21 minutos. Talocha bateu para defesa de Daniel, a bola ainda sobrou para Joel Pereira, com recarga novamente travada pelo guardião brasileiro

Um jogo que começara com um ritmo lento e com muitos passes falhados, mas a intensidade foi subindo ligeiramente, e sobretudo depois do lance da grande penalidade, os homens de Barcelos assumiram um certo ascendente no encontro.

Todavia, a toada não se modificou de forma evidente, e em especial, do lado da equipa da casa, que continuava com processos demasiado lentos e sem capacidade para atacar o último terço durante a larga maioria da primeira parte.

Era o Gil Vicente a formação mais perigosa, e na sequência de mais um pontapé de canto, surgiu um novo penálti para os nortenhos. Considerou o árbitro que Rúben Freitas cometeu falta sobre João Afonso, a um minuto dos 45. Oportunidade para Daniel Guimarães brilhar novamente, ao travar mais uma conversão do castigo máximo, desta feita batido por Lucas Mineiro, exatamente para o mesmo lado.

O guarda-redes do Nacional ainda voltou a destacar-se com outra defesa de grande nível, ao desviar uma bomba de Talocha, poucos minutos depois. Mas na sequência do pontapé de canto, a jogada organizada foi concluída, de cabeça, por Rodrigão já no último lance da primeira parte.

Para o segundo tempo, Luís Freire percebeu a necessidade de afinar a estratégia e fê-lo com a entrada de Rochez e João Victor, dois homens para o ataque. O reinício da partida fez-se um Gil Vicente novamente ofensivo, mas com um Nacional mais equilibrado.

Aos 53 minutos, mais uma boa defesa de Daniel, a um remate de Claude Gonçalves, e logo no minuto seguinte, os madeirenses reagiram, numa jogada conduzida por João Victor, que deixou para Riascos, mas a bola foi parada por Denis.

O jogo estava mais mexido, no entanto, com um Nacional mais rápido, e as mudanças de Luís Freire trouxeram efeitos práticos, uma vez que Camacho chegou ao empate, de cabeça, já em cima da pequena área, depois de um bom cruzamento de Rúben Freitas.

O golo deu élan à equipa da casa, que se revelava mais ofensiva e perigosa, enquanto o Gil Vicente pareceu reagir mal ao empate. Com efeito, o grosso das incursões ofensivas e oportunidades de golo pertenciam quase sempre aos madeirenses, cuja equipa foi crescendo depois de ter dado a primeira parte e avanço ao adversário.

Depois de um período de acalmia, já no último quarto de hora, o Nacional chegou ao golo, bem perto do apito final, num lance protagonizado por Alhassan e Rochez.

O nigeriano recebeu a bola e fez um cruzamento na diagonal para o salto de belo efeito do hondurenho, que atirou de cabeça para o fundo da baliza de Denis, colocando o ponto final num encontro de duas partes bem distintas, a segunda de bom nível para a formação alvinegra. Antes da paragem do campeonato, a equipa de Luís Freire conseguiu, assim, a primeira vitória em casa nesta temporada.