Depois de uma fraca primeira parte em relação às expectativas de futebol ofensivo que as duas equipas têm mostrado, o jogo acabou por ganhar emoção e espetacularidade, com o Sp. de Braga a ter de anular a vantagem algarvia.

No Portimonense, o treinador António Folha promoveu os regressos de Tormena e Jackson Martinez ao onze inicial, por troca com Hackman e Lucas Fernandes. E alterou a dinâmica da equipa, posicionada em 4x4x2 em vez do habitual 4x3x3, por via do adiantamento de Dener, que jogou próximo de Jackson Martinez.

Abel Ferreira deu a titularidade a João Novais, que não tinha esse estatuto em jogos da liga desde a 8ª jornada, deixando Ricardo Horta, que foi sempre titular desde a 10ª ronda, no banco. De resto, o previsível 4x4x2.

A primeira metade foi contra-natura, em relação ao que tem sido o caudal ofensivo das duas equipas neste campeonato. Com o Portimonense a marcar no único remate direcionado à baliza e o Sporting de Braga a conseguir apenas por duas vezes remates direcionados.

Ambas as tentativas bracarenses por Paulinho: nos dois surgiu na área, mas Ricardo Ferreira fechou a baliza com uma mancha, desviando a bola para canto; depois, recebeu de João Novais e obrigou o guarda-redes do Portimonense a defender com o pé.

Como foi referido antes, o Portimonense no primeiro período efetuou apenas um remate direcionado à baliza... e marcou. Foi logo aos três minutos, numa iniciativa individual de Wellington que fletiu da esquerda para o meio e atirou rasteiro. O remate levava alguma força, mas o guarda-redes Tiago Sá poderia ter feito melhor, deixando a bola passar por baixo do corpo.

O golo perturbou os minhotos, que viveram até ao intervalo num deserto de ideias, com muitos passes falhados e sem sequência ofensiva, perante uma equipa algarvia tranquila e que soube gerir o jogo longe da sua baliza.

Abel Ferreira não estava certamente a gostar e também não apreciou uma decisão de Fábio Veríssimo. Protestou e recebeu ordem de expulsão, ainda na primeira parte.

Já depois disso, um desvio de cabeça de Dyego Sousa, já perto do intervalo, deixou clara a fraca produção dos arsenalistas. Mas também houve muito mérito dos algarvios, que souberam colocar gelo na partida.

A reentrada trouxe um Sporting de Braga com uma atitude mais ofensiva e rapidamente chegou ao golo, por Dyego Sousa, que aos 49 minutos desviou de cabeça um canto de Sequeira, antecipando-se a Ricardo Ferreira.

Depois o jogo partiu-se, com as duas equipas à procura do golo, os minhotos a pressionarem mais, e os algarvios também a sentirem-se confortáveis porque tinham espaço para transições rápidas, que têm sido uma imagem de marca desta equipa ao longo da época.

As oportunidades de golo nas duas balizas surgiam amiúde, destacando-se por parte dos minhotos um golo anulado por fora de jogo a Dyego Sousa, um tiro de João Novais travado por Ricardo Ferreira e um remate de Paulinho já perto do final, novamente com Ricardo Ferreira a impedir.

Os algarvios também poderiam ter marcado num remate de Manafá que Tiago Sá não segurou e Jackson esteve quase a aproveitar, bem como num tiro cruzado de Tabata que passou perto do poste esquerdo da baliza e com o brasileiro nos descontos a escorregar quando estava bem posicionado na área para visar a baliza.

Nota ainda para a expulsão de Manafá perto do final, por protestos. Depois disso a equipa de Abel ainda carregou, mas sem resultados, prevalecendo o empate, que se aceita.