Custou, mas o Rio Ave encontrou a rota dos triunfos e juntou-se às embarcações que lutam pela Europa.
Embora tenham sido melhores que o Gil Vicente, o triunfo dos vila-condenses surgiu pela magia de Diego Lopes e da frieza de um persa chamado Taremi. O brasileiro inventou o lance, foi derrubado em falta por Claude Gonçalves e o iraniano tratou de bater Denis (62m).
Para além do horário pouco convidativo, o espetáculo não satisfez certamente quem assistiu. Permitam-me abrir um parenteses para esse ponto: a promessa da Liga de reduzir o número de jogos à segunda-feira caiu no esquecimento. Afinal, já se jogaram tantos jogos no primeiro dia de trabalho da semana como na época passada.
Em relação ao que se passou no relvado, aceita-se a vitória do Rio Ave. Os vila-condenses jogaram bem na primeira meia-hora e desde cedo mostraram o que queriam do jogo. Diego Lopes ficou perto do 1-0 logo aos quatro minutos.
O domínio dos homens de verde era incontestável e adivinhava-se o golo. Depois de Ruben Fernandes ter travado o remate de Taremi e antes de Denis ter evitado o golo de Tarantini (fez o jogo 300 na Liga), o Rio Ave marcou mesmo. Taremi fugiu à defesa barcelense e assistiu Bruno Moreira para uma conclusão simples. No entanto, o golo foi anulado por posição irregular do jogador persa.
O Gil Vicente começou a respirar melhor a partir dos trinta minutos. Os passes para Kraev e Sandro Lima começaram a entrar e os barcelenses alongaram-se no terreno. Como consequência da melhoria na partida, os gilistas ficaram perto da vantagem. Sandro Lima atirou forte e obrigou Kieszek a defesa apertada (39m).
A qualidade de jogo diminuiu na segunda parte. O único lance capaz de levantar as bancadas surgiu por Diego Lopes que atirou Taremi para a marca de grande penalidade. A vantagem do Rio Ave tardou, mas chegou.
Depois de três vitórias consecutivas, Vítor Oliveira fez tudo o que pôde para evitar a derrota. É verdade que o Gil Vicente melhorou e que teve mais ocasiões junto da área contrária. Ainda assim, é necessário sublinhar que o Rio Ave ficou perto do 2-0 por Taremi. A quatro minutos do final, o iraniano protestou bastante uma alegada grande penalidade de Henrique sobre Tarantini e viu vermelho direto.
Os vila-condenses sofreram nos instantes finais e podem agradecer ao poste e a Kieszek o triunfo pela margem mínima. Depois de ter acertado no ferro, Lourency viu o polaco brilhar e evitar o empate com uma palmada no último suspiro do encontro.
Assim, o Rio Ave junta-se a Tondela e Sp. Braga no grupo dos sextos classificados e tem o Gil Vicente a dois pontos.
